A amputação de pênis teve um crescimento alarmante no Brasil nos últimos 14 anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram realizadas 7.213 cirurgias para amputar o órgão de pacientes que sofriam, principalmente, com o câncer de pênis. Isso representa um aumento de 1.604% na realização desse tipo de cirurgia nos últimos anos, se comparado com períodos anteriores.
Em média, são realizados 512 procedimentos cirúrgicos por ano em nosso país. O Brasil é o quinto país do mundo com mais casos de câncer no pênis, ficando atrás de países como o Quênia, Uganda, Egito e a Índia. O câncer de pênis ocorre com mais frequência em homens mais velhos, com mais de 50 anos. Contudo, isso não impede que jovens sofram com a doença.
Sintomas de câncer de pênis
O principal fator de risco para o câncer de pênis é a falta de higiene. Por isso, não é exagero afirmar que muitas das amputações que têm sido realizadas no Brasil poderiam ser evitadas se os homens mantivessem hábitos de higiene mais saudáveis em relação ao próprio corpo.
Lavar o pênis com água corrente e sabão com pH neutro já é suficiente para ajudar a prevenir a doença. Além do banho, essa lavagem deve ocorrer após relações sexuais, mesmo se o homem tiver usado preservativo, visto que o acúmulo de fluidos pode gerar infecções.
Nem todas as pessoas têm acesso à água e sabonete, por isso, essa doença pode ser mais comum em homens em situação de vulnerabilidade social. Além disso, a falta de escolaridade também é um fator agravante, já que muitos homens não entendem a necessidade desse tipo de higiene.
Outro fator de risco é a fimose. A fimose é a incapacidade de expor totalmente a glande do pênis, devido a um excesso de pele. Esse problema pode ser facilmente resolvido com uma pequena cirurgia local, que é oferecida pelo SUS. Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) também podem acarretar um tumor maligno no pênis, por isso, é importante usar preservativos. Além disso, o cigarro também pode aumentar as chances de desenvolver a doença.
O principal sintoma é a presença de feridas que não cicatrizam. Por isso, é importante que ao notar pequenos machucados na região peniana, o paciente procure ajuda médica. “Como o câncer de pênis é muito pouco conhecido, o paciente negligencia. Passa uma pomada e não procura ajuda médica. Por isso sempre ressaltamos que lesões que não cicatrizam podem ser câncer de pênis. Se a lesão não cura em um mês, tem que fazer a biópsia”, explicou o Dr. Ubirajara Ferreira, coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Outros sintomas comuns da doença são:
- presença de nódulos no pênis ou virilha;
- coceira excessiva;
- secreções com odor forte;
- verrugas.
Informações: correioburitiense
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