A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) – e o Ministério Público Federal (MPF) endossou – um pedido de prorrogação de prazo para as investigações sobre o envolvimento do deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) na Lava Jato.
O parlamentar, ex-governador do Maranhão, foi denunciado por executivos da Odebrecht como suposto destinatário de propina paga em 2006 ao então procurador-geral do Estado, Ulisses César Martins de Sousa, para a liberação de valores a que a empreiteira tinha direito de receber do Governo do Maranhão.
O pedido da PF foi encaminhado ao ministro Roberto Barroso, relator do caso no STF. O magistrado, no entanto, preferiu não decidir ainda sobre a dilação de prazo em virtude da necessidade de apreciação de um pedido da defesa do ex-governador.
Em petição encaminhada ao STF no mês passado, os advogados de Zé Reinaldo chamam de “mera suposição” a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele e pedem a extinção da punibilidade do deputado por “prescrição retroativa”.
Barroso encaminhou essa petição para manifestação do MPF e só após decidir se há prescrição, ou não, dará algum despacho no pedido da PF por mais prazo para investigar o parlamentar.