O governador Carlos Brandão informou em suas redes sociais que já estão detidos três suspeitos de envolvimento no ataque a artistas circenses ocorrido em Central do Maranhão, no qual uma das vítimas foi estuprada. A ação criminosa ocorreu no último dia 23 e, desde então, o Sistema de Segurança Pública segue empenhado para prender os responsáveis.
“Informo que foram detidos três suspeitos de envolvimento no ataque violento à artista circense Camila e sua família, ocorrido em Central do Maranhão. Os outros cinco suspeitos já foram identificados, e a Polícia Civil segue trabalhando para que muito em breve todos sejam presos e fiquem à disposição da Justiça.”, escreveu o governador, ao anunciar os avanços nas investigações.
A ação, executada por um grupo de oito pessoas, resultou em roubo de equipamentos eletrônicos e na violência sexual contra uma bailarina. Detalhes foram apresentados durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (28).
Segundo a investigação, cinco suspeitos entraram no circo, enquanto outros três permaneceram do lado de fora. Durante o roubo, equipamentos eletrônicos foram levados, e parte deles já foi recuperada em uma pousada da cidade e devolvida aos proprietários. Além disso, foi confirmada a participação direta de dois indivíduos que invadiram um trailer: um deles portava uma arma de fogo e teria efetuado um disparo, inicialmente para o alto, enquanto o outro cometeu o ato de violência sexual.
“Já temos desenhada a dinâmica do crime, de como ele ocorreu, e, principalmente, identificamos os autores”, informou o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto. Ele também destacou que as ações estão direcionadas à individualização das condutas de cada envolvido. “A questão agora é entender melhor um detalhe ou outro da participação individualizada no crime, mas consideramos o caso praticamente elucidado”.
Com relação ao estupro, a polícia revelou que o crime foi praticado por um menor de idade. Durante o ato, outro suspeito teria dado cobertura, utilizando uma arma de fogo, para assegurar que a ação não fosse interrompida. “A identificação e detenção dos suspeitos é uma resposta rápida da segurança pública para este crime terrível. Todas as providências para elucidação do crime foram tomadas imediatamente após tomarmos ciência do caso. Enviamos para a região equipe da Polícia Civil da capital, com delegado e investigadores, para reforçar os trabalhos conduzidos pela Delegacia Regional de Cururupu, e que levaram à prisão desses três primeiros envolvidos. A completa elucidação desse crime é uma prioridade”, destacou o secretário da Segurança Pública, Maurício Martins.
Três dos supostos envolvidos estão detidos e sendo ouvidos na delegacia. Entre eles está o adolescente que colaborou com as investigações. “Ele é um colaborador fundamental e importante para as nossas apurações; foi um dos primeiros que identificamos”, explicou o delegado-geral.
A colaboração do menor permitiu identificar outros membros do grupo, já conhecidos por envolvimento em atividades criminosas na região, incluindo o tráfico de drogas. “Cada testemunha que é ouvida declina o nome de outro partícipe. É questão de tempo para chegarmos a todos”, acrescentou o superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Ricardo Aragão.
A investigação segue para que todos os suspeitos possam ser localizados, presos e levados à Justiça.
Apoio à família
Em paralelo, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), através do Centro de Apoio à Vítima (Ceav), que possui uma equipe multiprofissional com psicóloga, assistente social e advogado, enviou uma equipe nesta quarta-feira (27) para dialogar com a família, e formalizou tratativas para garantir o atendimento jurídico, através da Defensoria Pública do município de Santa Helena, além de reforçar, junto à Polícia Militar, o pedido de policiamento nas imediações do circo instalado na cidade.
“Estamos ouvindo as principais demandas da família e seguimos nas tratativas para garantir uma articulação de ações que garantam a todos eles a assistência e proteção dos direitos dos familiares.”, destacou Lilia Raquel de Negreiros, secretária de Direitos Humanos e Participação Popular.
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