No próximo dia 11 de fevereiro, o Tribunal do Júri de Curitiba dará início ao julgamento de Jorge Guaranho, o ex-policial penal e militante bolsonarista acusado de assassinar Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, em 9 de julho de 2022. O crime, que ocorreu durante uma festa de aniversário de Arruda, ganhou repercussão nacional e internacional, tornando-se um símbolo da luta contra a intolerância política no Brasil. O jornalista Joaquim de Carvalho, repórter especial do Brasil 247, estará presente para produzir um documentário exclusivo sobre os bastidores do julgamento, com depoimentos e cenas inéditas. A produção, que pode ser apoiada por você neste link, conta com apoio de crowdfunding para cobrir despesas como hospedagem, alimentação e remuneração da equipe técnica. Além de Joaquim de Carvalho, o jornalista Marcelo Auler também fará a cobertura diária do julgamento.
Marcelo Arruda, que também era guarda municipal, foi morto a tiros por Guaranho durante uma festa temática em homenagem ao PT e ao ex-presidente Lula. O crime foi marcado por declarações de ódio político, como “Petistas vão morrer” e “Aqui é Bolsonaro, porra!”, captadas por câmeras de segurança e confirmadas por perícia de leitura labial. A defesa de Guaranho tenta classificar o assassinato como resultado de uma discussão banal, mas as evidências apontam para um crime de motivação política, com agravantes de perigo comum e motivo fútil.
Marcelo Arruda era uma figura conhecida em Foz do Iguaçu por sua trajetória de superação. Nascido na Favela dos Bancários, trabalhou como engraxate antes de se formar em biologia e passar no concurso para guarda municipal. Foi diretor do Sindicato dos Servidores Municipais e candidatou-se a vice-prefeito pelo PT em 2020. Pai de quatro filhos, incluindo um bebê de um mês na época do crime, Arruda era casado com Pâmela Silva, policial civil que testemunhou o assassinato.
“Ele matou uma pessoa boa, pai de quatro filhos, que vão sofrer para sempre a ausência do Marcelo. Não entra na minha cabeça o que ele fez, de invadir um local privado e matar um inocente. É um crime que de forma alguma pode ficar impune. Que finalmente seja feita justiça”, desabafa Pâmela, que aguarda ansiosamente pelo julgamento.
O julgamento e suas implicações
O júri será conduzido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba. A sessão está marcada para começar às 10h do dia 11 de fevereiro e pode se estender por mais de um dia. A acusação será liderada pelas promotoras Roberta Franco Massa e Ticiane Louise Santana Pereira, que buscam a pena máxima de 30 anos de prisão para Guaranho, com o reconhecimento da motivação política como agravante.
O caso ganhou ainda mais relevância após a transferência do julgamento de Foz do Iguaçu para Curitiba, a pedido da defesa. O réu, que está em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, foi exonerado do cargo de policial penal em março de 2023.
Um marco para a democracia
O documentário de Joaquim de Carvalho promete trazer à tona detalhes inéditos do caso, reforçando a importância do julgamento não apenas para a família de Arruda, mas para toda a sociedade brasileira. “O ódio político é uma conduta que não está tipificada na legislação penal brasileira, mas é primordial que seja reconhecida a motivação política do réu nesse caso emblemático”, afirma o advogado Daniel Godoy Júnior, integrante da equipe de acusação.Para Joaquim de Carvalho, que já produziu documentários como “Bolsonaro e Adélio – Uma fakeada no coração do Brasil” e “Abin Paralela – Bolsonaro, Adélio e o ovo da serpente em Foz do Iguaçu”, este é mais um capítulo crucial na luta pela consolidação da democracia no país. “Justiça para Marcelo Arruda é um passo fundamental nessa direção”, conclui o jornalista.O julgamento será acompanhado por familiares, amigos e militantes, que farão um ato simbólico em memória de Arruda e em defesa da paz. A expectativa é que o caso sirva como um marco no combate à violência política no Brasil, reforçando a necessidade de respeito às diferenças e ao Estado Democrático de Direito. Você pode apoiar o documentário neste link.
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