Em chantagem explícita contra a população argentina, que trazer graves prejuízes para a economia brasileira, o governo de Jair Bolsonaro avalia rever a participação do Brasil no Mercosul com uma eventual vitória do candidato de esquerda Alberto Fernández, que tem a ex-presidente e senadora Cristina Kirchner como vice.
Jair Bolsonaro encomendou a seus assessores uma avaliação completa sobre a derrota do presidente da Argentina, Mauricio Macri, seu aliado, na eleição primária deste domingo (11).
Auxiliares do chefe do Planalto ligados ao grupo ideológico defendem rever a participação do Brasil no Mercosul com uma eventual vitória do candidato de esquerda Alberto Fernández, que tem a ex-presidente e senadora Cristina Kirchner como vice.
A ala mais conservadora do Planalto entende que é preciso aguardar os desdobramentos da eleição no país vizinho e evitar posicionamentos precipitados.
De acordo com o jornal O Globo, assessores do Planalto lembram que Bolsonaro sempre se posicionou contra o bloco, mas reviu a opinião ao se aproximar de Macri.
Um auxiliar informou que rever a participação do Brasil no Mercosul não significaria romper relações comerciais com a Argentina, mas optar apenas por negociações bilaterais para avançar na agenda de abertura comercial.
Com 99,37% das urnas apuradas, Alberto Fernández teve 47,66% dos votos. Macri, candidato à reeleição e que tem o apoio declarado de Bolsonaro, recebeu 32,08% dos votos, uma diferença de menos 15 pontos percentuais. Na Argentina, para vencer no primeiro turno é necessário ter 45% dos votos ou 40% com uma diferença de ao menos 10 pontos sobre o segundo colocado.