Até agora, as exportações de carne brasileira já foram barradas pela China, pela Coreia, pela União Europeia e até pelo vizinho Chile, mas Michel Temer não tomou nenhuma providência concreta, a não ser convidar embaixadores para uma churrascaria de carne importada; os prejuízos são gigantescos, mas o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, suspeito de receber propinas dos fiscais agropecuários, ainda não foi demitido; da mesma forma, a Polícia Federal ainda não foi repreendida pela pirotecnia da operação, que lançou acusações falsas contra frigoríficos brasileiros – como a exportação de carne misturada com papelão – e jogou por terra vinte anos do esforço brasileiro para abrir mercados; enquanto isso, jornais, como o New York TEMPOs destacam que a propina dos fiscais ia para o partido de Temer, o PMDB.
Desde o golpe parlamentar de 2016, o Brasil não tem um governo reconhecido como legítimo por grande parte da população brasileira. Agora, a crise da carne revela que o problema é ainda mais grave: o Brasil, simplesmente, não tem governo.
Nesta segunda-feira trágica, nada menos que a China, a Coreia, a União Europeia e até mesmo o vizinho Chile já anunciaram o embargo à carne brasileira.