O Coletivo Fé e Política da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil em Minas (CNBB-MG) lançou um folheto pedindo que os eleitores não votem nos candidatos tucanos ao governo de Minas e à Câmara dos Deputados, Antonio Anastasia e Aécio Neves, respectivamente. Entre as justificativas para a recomendação, estão o apoio dos parlamentares a pauta do golpe, como a PEC do Teto dos Gastos, que prevê o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos; a terceirização irrestrita, e a Reforma Trabalhista.
Sobre Reforma Trabalhista, a proposta prevê que o negociado tenha de prevalecer sobre o legislado, o que fragiliza a garantia dos direitos dos trabalhadores. Um dos pontos mais polêmicos desta reforma é a falta de uma jornada fixa regular de trabalho, com o chamado trabalho intermitente. Como consequência desses dois itens da reforma, o povo não tem a devida segurança jurídica para garantir seus direitos trabalhista. E o que pode ser crucial para a dificuldades da retomada do crescimento é que, após esta reforma, a população tende a segurar o consumo.
A recomendação da CNBB-MG é um claro indicativo do quanto o PSDB-MG está com sérias dificuldades para se manter firme no cenário político estadual. Isolado, Aécio fez um encontro político no dia 25 de agosto a cidade de Teófilo Otoni (MG), em uma fazenda, sem comitê de campanha.
O tucano começou a ter sua capacidade de traquejo político e capacidade de dialogar com a população em 2014, quando perdeu para Dilma tanto no primeiro quanto no segundo turno no próprio reduto eleitoral do congressista – Minas Gerais, onde governou por oito anos. Em 2016, a imagem do parlamentar se desgastou ainda mais, após a imprensa publicar o conteúdo das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista. Conforme o áudio, o senador pediu propina de R$ 2 milhões ao sócio da JBS.