As mortes ocorridas durante as rebeliões em Manaus e Roraima, resultando na assassinato de 87 detentos, mostrou ao país e ao mundo uma selvageria desumana jamais vista. Mais que as decapitações, que frequentemente acontecem durante os confrontos entre as facções, agora começam a arrancar corações e, em alguns casos, comê-los, como presenciado em Roraima, mas abafados pelas autoridades penitenciárias.
Aqui no Maranhão, durante confronto de facções, vários detentos foram decapitados vivos, mas o que chamou a atenção foi a descoberta de dois corpos comidos ainda sangrando ou em panelas cozidos. A revelação à CPI da Carceragem, composta por deputados federais, chocou o nosso estado e o país.
Segundo parentes de detentos em Roraima, policiais que chegaram ao presídio onde a rebelião aconteceu, encontraram cabeças fora do corpo, corações inteiros e pedaços arrancados. Eles exibiam as partes dos corpos das vítimas como se fossem troféus e ainda filmaram suas atrocidades, hoje circulando nas redes de internet.
Casos de decapitação mais recentes no Nordeste aconteceram em três penitenciárias do Ceará, também motivadas por confrontos entre gangues, geralmente nas disputas por espaços entre o PCC e o Comando Vermelho.
No Maranhão, os ânimos estão aparentemente contidos. Alguns apostam que foi graças a um acordo entre as facções e o comando do sistema penitenciário. O certo é que já tem um certo tempo que não sai um barulho estranho lá de dentro das celas, embora abarrotadas.