Caminhoneiros fazem manobras arriscadas na BR-135 para fugirem dos buracos entre as cidades de Alto Alegre do Maranhão e São Mateus.
Entrar na contramão virou uma necessidade de alto risco até para quem passa em carros menores como o utilizado por Josué Luz, que reclama da situação.
“é uma calamidade, a gente quebra carro semana passada eu vim no carro pequeno espoquei dois pneus, hoje eu to vindo nesse grande aqui costurando, querendo sair da estrada, mas tá difícil a situação, tá…ESSE ZIG-ZAG É NECESSÁRIO? É necessário e, pior, dá é acidente porque a gente sai o outro sai também quando pensa que não tá é quase em cima do outro”, disse o cirurgião-dentista à nossa reportagem
FAMÍLIAS EM RISCO
Muitas famílias moram às margens da BR-135 e elas utilizam o acostamento, como nós estamos fazendo, para se locomoverem, mas os lavradores alegam que até o acostamento virou local perigoso.
O acostamento virou, também, uma forma de amenizar a quebradeira que os buracos causam aos veículos.
“Agora mesmo eu passei na borracharia meu carro com pneu seco, quando não estoura o pneu, fura e tá muito arriscado um acidente na hora de uma chuva , a gente tem que andar mesmo que nem eu to aqui no acostamento pra mim não abalroar, não bater…MUITO PERIGOSO? Muito perigoso mesmo”, disse a motorista de São Mateus, Elisângela Conceição Oliveira, a Dedé.
De bicicleta, fora da pista, seu Bento Silva sabe que está correndo risco maior agora.
“Tem muito acidente aqui nessa estrada…É CARRO TENTANDO SAIR DO BURACO? É, antigamente era porque não tinha quebra-molas, quando fizeram aliviou mais, mas depois que a estrada começou a ficar nessa situação aí …PIOROU DE NOVO, PERIGO VOLTOU? Perigo voltou…TEM MEDO DA MORTE NESSA ESTRADA? Demais, muito medo”
E quando chove, a velocidade no trecho entre as duas cidades é menor ainda. Um dos motivos é que buracos como este ficam cheios e a água esconde a profundidade.
“Desaparece porque a água cobre…FICA MAIS PERIGOSO? Muito mais …E PRA QUEM MORA NA REDONDEZA, É PERIGOSO? Claro que é porque a gente não tá podendo nem trafegar pra São Mateus, porque o carreteiro desvia de um buraco mas não desvia de um motoqueiro”, lamentou o lavrador Antonio de Abreu.