O presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), Jair Pedro Ferreira, comentou sobre o desmonte da Caixa Econômica Federal pelo atual governo.
O presidente da Fenae ressaltou os pontos positivos da Caixa e o que a população perderá com a venda do banco. “No caso da Caixa, a população que é a dona da Caixa Econômica, quando eles falam em vendê-la estão dizendo o seguinte: ‘nós vamos desmontar uma grande empresa, que funciona e já financiou mais de 17 milhões de moradias ao longo de sua história, construiu 4 milhões de Minha Casa Minha Vida nos últimos 6 anos, atende aos mais de 6 milhões de contas do FGTS, atende toda a população que não tem conta em banco nenhum, atende os clientes dela e dos outros bancos. É dessa empresa que estamos falando'”.
Ele também criticou o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães. “Quando o presidente da Caixa vai para os Estados Unidos fazer leilão dos ativos da Caixa ele está desmontando essa empresa, ele está interferindo em uma empresa que funciona com todas as dificuldades que uma grande empresa pública tem para funcionar, mas que funciona bem, que dá resultados e atende a população. Esse é o papel da Caixa e é isto que está em jogo”.
Além do presidente da Caixa, Jair Ferreira também lembrou da participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do restante do governos Bolsonaro no desmonte da empresa. “Eles não podem, não devem, e não vamos permitir que o atual governo, o ministro da Economia e o atual presidente da Caixa desmontem essa empresa, esse é o nosso desafio daqui para frente. A população vai perder e a construção civil vai perder. Quem vai financiar casa por 30 anos? Quem vai fazer isso? Não existe. Há uma campanha perversa contra o que é público, a gente sabe que é uma linguagem de privatização, de desmontar e de desgastar para dizer que a empresa é ruim, o que não é verdade”.
Jair Pedro Ferreira disse ser importante neste momento que os funcionários da Caixa esteja unidos neste momento. “Estamos trabalhando com a seguinte perspectiva: temos que ter todos do nosso lado, quem votou e quem não votou no atual presidente, porque a Caixa está em risco, a população vai perder um grande serviço, o fundo de garantia está ameaçado e podemos ter um prejuízo monstruoso pela política de desmonte e pela chamada figura do ‘Estado mínimo’. Queremos unidade, união, chamar todo mundo a cerrar fileiras aqui e olharmos para frente porque o nosso desafio é gigante, monstruoso e nós vamos precisar de todos, cada um no seu quadrado”.
O presidente da Fenae também comentou sobre a crise financeira que o país atravessa. “Existe um ataque, existem 13 ou 14 milhões de desempregados, ou seja, ou o governo investe e cria novos empregos ou vamos entrar em um caos, vamos voltar a entrar na linha da pobreza novamente, de acordo com a ONU”.