O jornalista Glenn Greenwald está falando em audiência na Câmara na tarde desta terça e aponta: “Moro não defendeu seu comportamento. É impossível defender. Ele está fazendo algo totalmente diferente, uma tática cínica. Está tentando enganar o público”
O jornalista Glenn Greenwald está participado na tarde desta terça-feira (25) de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara e afirmou que Sergio Moro usa uma “tática cínica” para tentar “enganar o público” a respeito das das revelações do Intercept Brasil: “Moro não defendeu seu comportamento. É impossível defender. Ele está fazendo algo totalmente diferente, uma tática cínica. Está tentando enganar o público”
Ele reforçou a autenticidade das revelações da Vaza Jato. “Em nenhum momento, Sérgio Moro disse que o que publicamos não é autêntico, mas que poderia ter sido alterado”, disse Greenwald na Câmara.
O jornalista do The Intercept citou o Brasil 247 em seu depoimento, ao exemplificar que a revista Veja publicou capa contra o ministro Sérgio Moro:
“Para mim é muito interessante para entender que não éramos só nós que estávamos reagindo assim, mas também muitas outras pessoas que ficaram nos últimos 5 anos apoiando e aplaudindo, nunca questionando, o Sérgio Moro e a força-tarefa da Lava Jato. Por exemplo, o jornal Estadão, que era um grande fã do Sérgio Moro durante 5 anos, depois das nossas primeiras revelações publicou um editorial falando que Sérgio Moro deveria renunciar seu cargo público e Deltan deveria ser afastado por conta do comportamento antiético que nós provamos, não alegamos, mostramos com provas, é tão grave que é impossível em uma democracia ter Sérgio Moro ocupando um cargo público tão importante como o ministro da Justiça. Também a Veja, que estava apoiando o Sérgio Moro mais ainda, publicou um artigo denunciando o Sérgio Moro com muita clareza, publicou uma capa mostrando ele desintegrando com a palavra ‘desmoronando’, isso foi a veja, não foi a Carta CApital ou o Brasil 247, essas são as pessoas que estavam apoiando o Sérgio Moro mais do que tudo”.
A ida de Glenn na Câmara foi feita a partir de requerimento de autoria dos deputados Camilo Capiberibe, Carlos Veras, Márcio Jerry e Túlio Gadelha.