O Maranhão acaba de entrar no calendário negativo do pais com o maior número de crimes de feminicídio do Nordeste. O mês encerra amanhã, mas já temos 28 casos registrados em sete meses, o que daria em média quatro por mês e um a cada semana. Crimes de mortes contra mulheres aumentam no Brasil todo.
Apesar dos avanços, como a Lei Maria da Penha, das prisões de muitos agressores, mas a violência contra as mulheres cresce assustadoramente e mostra a cara da crueldade. As mulheres viraram saco de pancadas e vítimas de estupros.
E para piorar a situação, as mortes. Como se estivéssemos voltando para a idade da pedra em que o homem arrastava a mulher pelos cabelos ou regredido para a era da submissão quando todo o poder de casa e fora dela era dado ao homem.
As mulheres fizeram conquistas ao longo dos tempos, tais como o direito ao trabalho, formação acadêmica, participação em cargos eletivos, nas forças policiais armadas, práticas esportivas e até ir à lua.
Mas nada disso fez o homem frear seu impulso possessivo e desumano. Eles, quando recusados, agem de forma cruel, tirando a vida de quem já foi sua companheira um dia. O problema é sério e precisa ser discutido com seriedade.
A questão deve tomar assento nos parlamentos, na OAB, nas igrejas, nos tribunais e nas nossas vidas. É necessário que se faça alguma coisa, que providências sejam tomadas e a violência e mortes contra mulheres coibidas.