O Facebook, rede social comandada por Mark Zuckerberg, revelou ao Brasil e ao mundo, no dia de ontem, um segredo de polichinelo: os maiores responsáveis pela disseminação de mentiras e discurso de ódio no Brasil são os filhos de Jair Bolsonaro e seus assessores lotados em seus gabinetes e no Palácio do Planalto, que utilizam recursos públicos para atacar adversários políticos e disseminar mentiras.
Dezenas de páginas utilizadas pelo esquema foram derrubadas pelo Facebook e, agora, tanto a CPMI das fake news quanto o Supremo Tribunal Federal dispõem de farto material para chegar aos responsáveis pela degradação e pela intoxicação do ambiente político no Brasil, bem como aos seus financiadores.
No dia de ontem, parlamentares da CPMI prometeram agir e espera-se o mesmo tipo de atitude por parte do ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito das fake news no STF. O que espanta, até agora, é a lentidão do Tribunal Superior Eleitoral, onde dorme a ação sobre a máquina de fake news utilizada na campanha eleitoral de 2018 para espalhar baixarias como a chamada mamadeira de piroca. Uma máquina que, obviamente, foi operada pelos mesmos personagens que chegaram ao poder e fazem da mentira e da intimidação um método de governo.
O lamentável é que tudo isto esteja acontecendo só agora, depois que esta mesma máquina de ódio e mentiras foi usada para promover um golpe de estado no Brasil, uma eleição fajuta, a destruição da economia e da soberania nacional. Mas antes tarde do que nunca. Ainda há tempo para cassar a chapa Bolsonaro-Mourão, eleita à base de mentiras, e de convocar novas eleições presidenciais para que o Brasil saia da maior crise de sua história.