Reportagem da revista Veja, que chegou às bancas nesta sexta-feira (30), aponta que assessores do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) receberam cerca de R$ 3.035 milhões em gratificações. O parlamentar , porém, é investigado desde agosto do ano passado pela suspeita da contratação de funcionários fantasmas e por manter um esquema de “rachadinha” em seu gabinete.
Segundo a reportagem, a suspeita é que parte dos 80 assessores que passaram pelo gabinete de Carlos ao longo dos 20 anos de sua carreira parlamentar jamais apareceram para dar expediente no Palácio Pedro Ernesto. A suspeita foi reforçada devido a exoneração apressada de nove servidores pouco após Jair Bolsonaro ganhar a eleição presidencial em 2018.
“A identificação dos demitidos levou à constatação de que muitos nem moravam no Rio e seu baixo padrão de vida raramente combinava com os ganhos declarados”, destaca o texto assinado pelos repórteres Ricardo Ferraz e Jana Sampaio.
“Oficialmente chamadas de “encargos DAS”, tais gratificações são concedidas àqueles que o parlamentar escolhe para executar alguma tarefa adicional, como sentar-se à cadeira de uma comissão da Câmara, por exemplo. Não é requerida nenhuma justificativa ou prova de capacidade técnica, nem tampouco há controle de presença nas reuniões — quem a atesta é o próprio “padrinho” do assessor”, diz um outro trecho da reportagem.