O Ministério Público do Maranhão tem a faca e o queijo nas mãos, no que tange à punição de políticos, empresários e funcionários públicos, que mesmo não sendo do grupo prioritário, utilizaram da influência e receberam doses da CoronaVac.
Basta o MP pedir a cada município a relação dos vacinados. Não existe mistério nenhum. Se adotar essa prática, que está sendo posta em prática em diversos Estados e no Distrito Federal, terá também de divulgar a relação dos “fura-fila”.
No Maranhão, o caso veio à tona através de denúncia do deputado estadual Yglésio Moisés e logo em seguida corroborada pelo deputado federal Gastão Vieira.
Essa investigação também serviria para acabar com as fakes news que infestam as redes sociais, onde grupos adversários acusam prefeitos de supostas vacinação, como ocorreu com o chefe do Executivo de Caxias, Fábio Gentil. Espalharam nas redes sociais que ele havia se aproveitado no cargo para se vacinar, quando, na realidade, a foto da denúncia é de uma vacinação já antiga e diz respeito à imunização contra a influenza.
Ao invés de perseguir motoristas de ambulâncias no interior e proprietários de bancas de revista na capital, o MP poderia muito bem, nesse momento, utilizar sua força constitucional e desmascarar esses poderosos que se aproveitam do momento em benefício próprio.
Nesta quinta (21), a vacinação foi suspensa em duas cidades: em Manaus, após denúncias de que duas médicas, parentes de empresários locais, tenham tido preferência na vacinação; e em Tupã, no interior de São Paulo, após um integrante da irmandade que administra a Santa Casa ser vacinado.