Um estudo do Banco Central (BC) realizado junto ao Amazonas aponta que os efeitos decorrentes da crise gerada pela pandemia de Covid-19 podem se espalhar por todo o país, afetando principalmente o setor de serviços, o que mais emprega e ainda não se recuperou dos efeito da primeira onda gerada pela pandemia.
Segundo reportagem assinada pelo jornalista Eduardo Cucolo, da Folha de S. Paulo, o relatório do BC destaca que “dadas as dinâmicas distintas de evolução da Covid-19 nos estados brasileiros, o caso do Amazonas sinaliza os possíveis impactos de um agravamento severo da epidemia em outras regiões”.
O levantamento destaca que as transações de bens e serviços efetuadas com cartão de débito no Amazonas recuaram 13% na média móvel de sete dias até o dia 10 de fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior. As maiores retrações foram registradas nos setores de vestuário e calçados (82%) e restaurantes e similares (54%). Também houve uma queda significativa no consumo de energia pela indústria local
Ainda de acordo com o BC, o aumento do número de mortes e de casos confirmados da doença no Amazonas resultou em uma a uma nova queda na circulação de pessoas nos chamados serviços de lazer, como bares, restaurantes e shoppings.
A reportagem ressalta que “em nível nacional, o setor de serviços também mostrou um melhor desempenho antes da atual onda de aumento de contágio e morte, que ganhou força em fevereiro e março, deflagrando novas rodadas de isolamento social por todo o Brasil”. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume do setor de serviços cresceu 0,6% em janeiro sobre dezembro. A indústria cresceu 0,4% na comparação mensal. Por outro lado, o comércio registrou uma queda de 0,2%.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reduziu de 3,5% para 3,4% a expectativa de crescimento em 2021 em função das dificuldades do governo em acelerar as medidas de enfrentamento à pandemia.
“A leitura agora é que, por causa do atraso no programa nacional de vacinação e da falta de ação do governo federal no combate ao coronavírus, a piora na crise sanitária vai comprometer os resultados dos três setores já em fevereiro, com possibilidade de números ainda piores a partir de março”, destaca o texto da reportagem.
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