Pelo segundo mês desde que se iniciou a pandemia da COVID-19, São Luís registrará um mês com mais óbitos do que nascimentos. Com cerca de 1 milhão de habitantes, a cidade tem até o último dia de abril, 632 óbitos e 581 nascimentos, diferença de 51 óbitos a mais do que nascidos vivos, registrando o segundo mês com decréscimo populacional de sua história. A primeira vez havia ocorrido em maio de 2020, quando foram registrados 1072 óbitos e 1034 nascimentos.
Os dados preliminares, uma vez que registros de abril ainda podem ser lançados, constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
“Percebemos, com estes números, que os picos elevados e as variantes do novo coronavírus impacta profundamente as famílias maranhenses. E a capacidade do Portal da Transparência do Registro Civil trazer esses números em tempo real para nós é bem importante para assim sabermos as medidas que nosso estado deve tomar e incentivar a vacinação em massa na região”, diz o Presidente da Arpen/MA, Devanir Garcia
A queda na diferença entre os nascimentos e os óbitos na capital vinha ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas se acentuou de forma contundente com a pandemia da COVID-19. Em janeiro de 2020, esta diferença era de 1.104 registros de nascimentos a mais. Em maio do ano passado, caiu para 38, e em abril, deste ano, São Luís vivenciou o segundo mês com mais óbitos que nascimentos e o recorde negativo em sua história, com 51 óbitos a mais do que nascidos vivos.
Brasil
No País, a região Sudeste, com cerca de 85 milhões de habitantes tem até esta sexta-feira (30.04) 81.525 óbitos e 76.508 nascimentos, realidade que se repete em três dos quatro Estados que compõe a região: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo que os dois primeiros registram também o primeiro mês com maior número de mortes do que de nascidos em seus territórios na série histórica.
Além do Sudeste e dos três Estados com mais óbitos do que nascidos na região, o Rio Grande do Sul também registrou um maior número de mortes do que nascimentos em abril. Entre as capitais brasileiras, nove viram os óbitos superarem o número de nascidos vivos, sendo que em quatro delas isso ocorre pela primeira vez desde o início da série história, em 2003: São Paulo (SP), Curitiba (PR), São Luís (MA) e Vitória (ES). As outras cinco, Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG), já haviam registrado este fenômeno em meses anteriores.
ma98
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