Cotado para o Ministério da Justiça no futuro governo Lula, o ex-governador e senador eleito Flávio Dino mostrou desprendimento ao defender, nesta semana, que PT e PSB abram mão de comandos de ministérios para ampliar alianças.
Pensando na governabilidade, Dino entende que a prioridade na montagem do governo Lula será buscar alianças com siglas de Centro, como PSD, MDB e União Brasil, e só então definir quantos ministérios o PT e o PSB terão.
Caso Flávio Dino não seja ministro da Justiça ou de qualquer outra pasta, o socialista terá função não menos importante no Senado.
O Senado sofreu uma guinada conservadora nessas eleições. O PL, partido do Centrão ao qual o presidente Jair Bolsonaro está filiado, fez a maior bancada da Casa, com 14 senadores. Por isso, o PT tende a manter no Congresso os senadores com quem sabe que pode contar. É o caso de Dino.
Outro ponto é que o PSB elegeu apenas 14 deputados e já tem o vice-presidente Geraldo Alckmin. Além disso, há outros nomes da legenda cuja sobrevivência política depende mais de um cargo no governo, como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o candidato derrotado ao Senado por São Paulo Márcio França. O PSB também já definiu ministérios de interesse: Indústria; Ciência e Tecnologia; e Turismo.
Ficando no Senado, Flávio Dino fará contraponto à ala oposicionista bolsonarista, que tem entre seus representantes Sérgio Moro, Damares Alves, Magno Malta, Hamilton Mourão, Tereza Cristina entre outros. Assim como teve atuação destacada quando deputado federal, o Senado também seria uma boa vitrine para o ex-governador maranhense não só fazer a defesa e dar sustentabilidade ao governo Lula no senado, mas a oportunidade de apresentar todo seu preparo, experiência e conhecimento em debates de projetos e pautas importantes para o país.
Flávio Dino ainda é mencionado como um dos possíveis nomes a serem indicados por Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante o mandato, Lula terá direito a duas indicações, uma para a vaga de Ricardo Lewandowski, que completa 75 anos em maio de 2023, e outra para a de Rosa Weber, que faz a mesma idade em outubro do próximo ano.
Seja onde for (Senado, Ministério ou STF), Dino não deixará de dar sua contribuição ao país.
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