Ao contrário do que se esperava, uma oposição não nascerá na Assembleia Legislativa do Maranhão. O movimento foi encerrado após os membros do grupo governista mais ligado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF, Flávio Dino, se desentenderem sobre esta questão de se rebelar contra o governador Carlos Brandão (PSB).
Um dos que discordou do movimento (que tinha Othelino Neto, Carlos Lula, Júlio Mendonça e Rodrigo Lago) foi o deputado federal Márcio Jerry. Como presidente do PCdoB no estado, ele chamou logo Lago e Mendonça para dizer que a orientação do partido é ser da base do governo. O mesmo foi dito a Othelino, que era quem liderança a tentativa de criar uma oposição.
O receio de Jerry e demais dinistas é quanto aos espaços dentro do governo Brandão e, principalmente, quanto a situação do vice-governador, Felipe Camarão (PT). Este último motivo é o mais forte até porque o próprio Dino reclamou das movimentações de Othelino.
Com isto, na Assembleia, Othelino ficou sozinho. E não somente isto: ele perdeu aliados em cargos no governo e também espaços no Legislativo. “Ele ficou a pão e água”, disse uma fonte à coluna. Até os seguranças que ele tinha à sua disposição foram retirados.
Sem apoio dos aliados e sem espaços de poder, fica mais distante o sonho do comunista de voltar a comandar a Assembleia Legislativa como sonhava. Claro que isto dependeria de uma posição judicial sobre a reeleição antecipada da mesa diretora da Casa. O fato é que Othelino tentou se antecipar a esta decisão para já está preparado para a disputa se ocorresse.
Sem dúvidas
Se existia alguma dúvida quanto aos movimentos de Othelino Neto contra o governador Carlos Brandão, esta terminou assim que o deputado anunciou a irmã como presidente estadual do Solidariedade no Maranhão.
O Solidariedade é o partido que entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) em relação a escolha para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A ação tem como relator Flávio Dino que ainda não julgou o pedido de liminar.
Escolha para o TCE
Sobre a escolha para o TCE, a eleição acontecerá na quarta-feira, 6. Por enquanto, existem duas candidaturas postas.
A do advogado Flávio Costa com 30 assinaturas e a do deputado Carlos Lula (PSB) com seis assiinaturas.
Pelas regras, a candidatura de Lula será indeferida (e ele não recorrerá, segundo acordo feito com Felipe Camarão) e Costa será escolhido (imposto, segundo alguns deputados) por votação secreta.
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