O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (26), que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), será afastado do cargo caso seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Juscelino foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no último dia 12 por participação em suposto esquema de desvios de emendas parlamentares via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
“Veja, há um pedido de indiciamento da PF, há um pedido de indiciamento, que tem que ser aceito”, disse Lula em entrevista ao UOL.
Na sequência, o presidente afirmou que o ministro seria afastado caso fosse “indiciado pela PGR”. Na verdade, o indiciamento foi feito pela Polícia Federal, e, agora, cabe à PGR decidir sobre uma eventual denúncia.
“Eu disse ao Juscelino: ‘Primeiro, a verdade só você que sabe. Então é o seguinte, se o procurador indiciar você, você sabe que tem que cuidar de produção. Enquanto não houver indiciamento, você continua como ministro. Se for aceito, tem que ser afastado. Ele sabe disso.”
Juscelino é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As conclusões da PF foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde serão relatadas pelo ministro Flávio Dino, ex-colega de Juscelino no governo Lula.
“Eu tenho um caso específico no meu governo. Eu afastei o Walfrido [dos Mares Guia, ex-ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, em 2007], que era um dos meus grandes companheiros, porque ele foi indiciado. E todo mundo sabe que tem que ser assim. Aliás, eu acho que o próprio ministro é que toma a iniciativa e fala: ‘Presidente, eu vou deixar o seu governo aí em paz’”, acrescentou.
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