A Semana Santa passou deixando marcas profundas em nossos corações. Foi um tempo de fé renovada, de silêncio orante, de reencontros que aqueceram a alma e, também, de uma perda que entristeceu o mundo. Vivemos a beleza da Páscoa, o júbilo da ressurreição de Cristo e a alegria do reencontro com os filhos — presentes, reunidos, devolvidos aos lares como bênçãos que abraçam e curam a saudade. Mas logo em seguida, nos vimos tomados por um luto inesperado: a partida do Papa Francisco.
Homem bom, carismático, pastor do povo, Francisco não foi apenas o líder da Igreja — foi voz dos humildes, rosto da misericórdia e farol de esperança em tempos de escuridão. Seu pontificado nos ensinou que a Igreja é casa de portas abertas, que ninguém deve ser deixado de fora, que o perdão é sempre possível e que a compaixão é a linguagem de Deus.
E é nessa fé, que ele tanto viveu e nos inspirou, que encontramos consolo. Porque a morte não é o fim. A ressurreição de Cristo celebrada nesta Páscoa nos lembra que a vida vence a dor, que o amor é mais forte que a morte, e que, pela graça de Deus, dias melhores sempre virão. Francisco agora repousa no abraço do Pai, e seu testemunho seguirá vivo, em cada gesto de bondade, em cada coração que escolhe o caminho da paz.
Sentimos a tristeza da despedida, sim. Mas ela não apaga a luz da esperança. O Espírito Santo — presença constante, consoladora e viva — permanece entre nós, guiando os passos da Igreja, sustentando os corações aflitos, acendendo de novo a chama da fé.
Nesta travessia entre lágrimas e cânticos pascais, recordamos: Deus não abandona os seus filhos. A dor é parte do caminho, mas a esperança é sua morada final. E é com essa certeza, com o legado de Francisco em nossos corações e com a presença amorosa do Espírito Santo, que seguimos: crendo, esperando e amando — até o reencontro.