O privilegiado Michel Temer (ele se aposentou aos 55 anos com salário de R$ 30 mil) fez ‘acordo com o capeta’ para continuar no cargo. A avaliação é de Pablo Ortello, na Folha de S. Paulo.
O articulista cita estudo da Eurasia Group para lembrar que Temer está num distante último lugar no ranking mundial de aprovação de líderes, bem atrás do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, enredado em graves escândalos de corrupção, e de Nicolás Maduro, cuja Venezuela vive uma crise política, econômica e humanitária sem precedentes.
Professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP, Ortello afirma que somente o ‘acordo com o capeta’ para explicar a “longevidade” de Michel Temer no poder.
Pablo Ortello recorda ainda que o privilegiado Temer pretende utilizar-se da impopularidade para fazer as reformas impopulares, quais sejam o fim da aposentadoria para os trabalhadores e as privatizações (doações) do patrimônio público.
“Nenhum político que dependa do voto pode ser extravagante ao ponto de se indispor cada vez mais com o eleitorado à medida que vai perdendo apoio”, crava o professor da USP. Desde, é claro, que o sujeito (no caso Temer) tenha ‘parte com o capeta’.