Nunca um porta-voz da Presidência definiu com tanta clareza o momento em que vive o país como fez Otávio do Rêgo Barros, ao referir-se ao estado de saúde de Bolsonaro: “a ação dos médicos é a mais eficiente para debelar esse aspecto momentoso da pneumonia”.
Realmente, é tudo momentoso. Temos um presidente que se elegeu prometendo matar e acontecer, atirando aqui e acolá, mas que, vítima de uma facada, ainda não conseguiu nem mostrar direito como foi essa facada. Mostra muito mais a que não veio. Os que vieram, de fato, foram os primeiros-filhos e suas vidas escandalosas, repletas de denúncias associadas a corrupção. Momentosos, sem dúvida, principalmente por seus “momentos Queiroz” e “momentos milicianos”.
O vice, Mourão… existe alguém mais momentoso? Passa a rasteira em Bolsonaro, contraria Trump também e diz que não vai invadir a Venezuela de jeito nenhum, sem ligar para outras opiniões. Principalmente, sem ligar para as opiniões dos super momentosos Steve Bannon e Olavo de Carvalho (que, felizmente, vivem seus momentos longe daqui).
E o presidente do STF – vale a pena falar desse seu momento momentoso? Talvez seja impossível, porque não há momento suficientemente momentoso para acolher sua Suprema figura.
O melhor, mesmo, são esses momentos daqui e dali, quando conseguimos ver o mundo com olhos de outros momentos.