A Alemanha oficializou sua adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pelo governo brasileiro durante sua presidência no G20. O anúncio foi realizado nesta segunda-feira (7), na Conferência de Sustentabilidade de Hamburgo, marcando um passo significativo para a implementação de políticas voltadas à redução da fome e da pobreza, que são dois dos principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), a adesão alemã traz um apoio estratégico ao projeto brasileiro, especialmente na promoção da agricultura sustentável e no fortalecimento de redes de proteção social, como políticas de salário mínimo. O governo alemão, através de sua ministra Svenja Schulze, colocou à disposição da aliança as ferramentas desenvolvidas pela Aliança Global para a Segurança Alimentar, lançada pela Alemanha em 2022. Essas ferramentas incluem planos nacionais de segurança alimentar e nutricional em 25 países, além de um painel de dados globais que monitora em tempo real a situação alimentar no mundo.
O ministro Wellington Dias, responsável pela pasta do Desenvolvimento e Assistência Social no Brasil, celebrou a adesão e ressaltou a importância da colaboração internacional. “Estamos muito honrados com a adesão da Alemanha e estendemos o convite a outros países e instituições para que, já em novembro, durante a Cúpula do G20, a Aliança nasça com as parcerias que a tornem realmente global”, afirmou. Ele destacou ainda a simplicidade e a objetividade da proposta brasileira: “Nossa proposta é simples e voltada à ação: uma aliança para implementar políticas sociais bem desenhadas e focadas nos mais pobres e vulneráveis”.
A missão da Aliança Global
A Aliança Global, cujo objetivo é contribuir para a erradicação da fome e da pobreza até 2030, busca apoiar esforços alinhados com os ODS propostos pela ONU. Além disso, a iniciativa visa reduzir desigualdades e promover parcerias globais que fomentem transições sustentáveis, inclusivas e justas. A Aliança está aberta a governos, organizações internacionais, bancos de desenvolvimento, fundos e instituições filantrópicas, destacando a necessidade de um esforço conjunto para que seus objetivos sejam alcançados.
Em um discurso firme, Wellington Dias reforçou a viabilidade do projeto: “Nós sabemos como eliminar o flagelo da fome e da pobreza. Temos, no mundo, todos os recursos financeiros e o conhecimento de que precisamos. É um objetivo plenamente realizável”, enfatizou. Para ele, o desafio maior é a mobilização política e a canalização eficiente dos recursos disponíveis: “Só precisamos construir a disposição política, mobilizar esses recursos de forma consistente onde estejam em abundância, e canalizá-los para os que mais precisam. Essa é exatamente a proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, concluiu.
A expectativa é que a adesão alemã sirva de exemplo para outros países e instituições, ampliando o alcance e a efetividade da Aliança. A Cúpula do G20 em novembro será uma oportunidade crucial para solidificar parcerias e definir os próximos passos em direção à implementação prática das propostas. Brasil247
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