Juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro comentou uma notícia divulgada pelo ‘Antagonista’.
O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Carlos Eduardo Thompson Flores, recebeu a visita de membros do PT, nesta sexta-feira (12). O assunto, conforme as informações, era sobre a segurança para o dia 24 de janeiro, julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Thompson Flores relatou que estava preocupado com ameaças de conflito no dia do julgamento e revelou que os desembargadores estão recebendo inúmeras ameaças para que fiquem pressionados durante a votação. O juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato do Rio de Janeiro, decidiu comentar e avisou aos ameaçadores que a Justiça jamais será acuada e sim deve ser temida.
Os petistas disseram que não estão orientando os seus militantes a nenhuma ação desse tipo. José Dirceu e Gleisi Hoffmann parece que não estão por dentro disso e já incitaram o ódio em seus discursos. O ex-ministro chegou a dizer que o dia 24 de janeiro seria o “dia da revolta” e a senadora e presidente do PT falou que Lula estará sim como candidato nas próximas eleições e ninguém tiraria isso dele.
Marcelo Bretas
Por meio do seu Twitter, Marcelo Bretas comentou sobre as ameças aos juízes, que foi divulgada em uma matéria do site “O Antagonista”. Bretas deixou uma singela pergunta no ar e afirmou que existem pessoas que querem uma justiça acuada, cumprindo seu papel sob ameaças e pressão.
Ele não falou quem seriam essas pessoas, mas deixou a indireta que seriam os condenados por corrupção. Sem citar nomes, Bretas pode ter insinuado que os defensores de Lula são os causadores desse tipo de ameaça, pois são os únicos revoltados com uma possível prisão do petista.
Justiça temida
Marcelo Bretas afirmou que a Justiça deve ser temida e não acuada. Ele é a favor da prisão após a condenação em segunda instância e que uma reviravolta no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre esse assunto poderia trazer graves consequências às investigações.
Em outubro do ano passado, a Corte decidiu que os juízes poderiam determinar a execução da pena depois da condenação em segunda instância, mas surgiu a possibilidade desse entendimento mudar, já que alguns ministros estariam mudando de pensamento.
O juiz Sérgio Moro chegou a pedir para Michel Temer, durante um evento, para que cobre do STF uma posição que não mude esse entendimento.