• Notícia Geral
  • Login
  • globo.com
  • vídeo
  • gshow
  • globoesporte
  • G1
segunda-feira, 7 julho 2025
  • Home
  • Notícia Geral
  • Política
  • Policial
  • Esporte
  • Login
  • São Luís/MA – Porto do Itaqui se destaca na capacidade de atendimento de navios com nova operação de transferência de carga
No Result
View All Result
No Result
View All Result
Home Política

Bolsonaro é o racista-chefe da Ku Klux Klan e do ‘lixo branco’ brasileiro

Fatos dos Municípios Por Fatos dos Municípios
28/05/2019
in Política
0
Bolsonaro é o racista-chefe da Ku Klux Klan e do ‘lixo branco’ brasileiro

Não se entende o Brasil sem compreender a função do racismo “racial” entre nós. Não existe preconceito mais importante entre nós, já que ele tem o poder de definir e articular as relações entre todas as classes sociais no nosso país. É este preconceito que comanda a continuidade da escravidão com outros meios. Como esse mecanismo funciona na realidade cotidiana? Minha tese é a de que a escravidão, tanto no seu sentido econômico de exploração do trabalho alheio como no seu sentido moral e político de produção de distinções sociais, se manteve “na prática” inalterado desde a abolição da escravatura.

Fundamental para compreender este estado de coisas é a função que o ex-escravo abandonado e humilhado vai ter na sociedade pós-escravocrata. O ex-escravo é afastado do mercado de trabalho competitivo e passa a desempenhar as mesmas funções humilhantes e indignas que exercia antes. Seja tanto as funções de trabalho sujo, pesado e perigoso, para os homens, quanto as funções domésticas do antigo “escravo doméstico”, para as mulheres, as quais reproduzem todas as vicissitudes da antiga relação senhor/escravo. Faz parte do âmago desta relação não só a exploração do trabalho vendido a preço vil, mas também a humilhação cotidiana transformada em prazer sádico para o gozo frequente e para a sensação de superioridade e a “distinção social” das classes média e alta.

Mas isso tudo não é nem sequer o principal. Os negros na base da pirâmide social brasileira sempre desempenharam uma função semelhante à casta dos intocáveis na Índia. Como nota Max Weber no seu estudo clássico sobre o hinduísmo, os intocáveis possuem a função de legitimar toda a ordem social hindu na medida em que todas as outras castas, mesmo as inferiores, são distinguidas positivamente em relação aos intocáveis.

Como a “distinção social”, ou seja, a sensação de se saber “superior” a outros é tão importante na vida social quanto o dinheiro e a necessidade econômica, isso significa que uma classe social na qual todos podem pisar, humilhar, violar, agredir, e, no limite, assassinar sem temer consequências satisfaz, a uma necessidade primitiva fundamental a todas as classes acima dela. É óbvio que uma sociedade deste tipo não é apenas desumana, desigual, primitiva e tosca, mas também, na pior das hipóteses, burra, já que reproduzir a exclusão social produz insegurança, pobreza e instabilidade social para todos. Entretanto, este é o DNA da sociedade brasileira.

É importante notar que, paralelamente à condenação do negro à exclusão, o país passa a implementar a política abertamente racista da importação de imigrantes europeus brancos, na imensa maioria italianos, precisamente como no caso da família do excelentíssimo presidente Jair Bolsonaro. Uma parte considerável destes “neobrasileiros” ascende rapidamente, alguns inclusive à elite de proprietários e de novos industriais, mas boa parte irá constituir a classe média branca de grandes cidades como São Paulo. Nas outras grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Recife, os portugueses exerceriam o mesmo papel do italiano em São Paulo.

O imigrante branco, na maioria o italiano ou o português, irá constituir no Brasil, ao mesmo tempo em aliança e a serviço da elite de proprietários, uma espécie de “bolsão racista e classista” contra os negros e pobres que constituem a maior parte do povo. Para a elite, isso significa a oportunidade de criminalizar e estigmatizar a soberania popular no nascedouro com a cumplicidade das classes médias e garantir só para si o orçamento do Estado via juros escorchantes, “dívida pública”, sonegação de impostos e outros assaltos legalizados. Para as outras classes, o preconceito universal contra o negro e ex-escravo permite a construção de uma frente comum para a manutenção de uma distinção social positiva contra os negros, o que eterniza o abandono, a humilhação, e o genocídio desta raça/classe como política pública informal.

Mais interessante ainda para nossos propósitos aqui é a função do racismo contra o negro para os imigrantes que não lograram sucesso econômico na nova terra. Muitos imigrantes não conseguiram ascender à classe média verdadeira nem à elite. Boa parte vai constituir uma zona cinza que inclui a classe trabalhadora precária e o que poderíamos chamar de “baixa classe média”. O cotidiano de muitos destes não difere muito da vida do negro e do pobre brasileiro. Moram eventualmente no mesmo bairro e passam privações materiais. É precisamente nesta faixa social que o preconceito de raça é ainda mais importante. Afinal, a única distinção que este pessoal tem na vida é a “brancura” da cor da pele para exibir contra o negro.

Entrevistando pessoas desta classe social no interior de São Paulo descendentes de italianos, como Bolsonaro, e alguns que inclusive moram onde ele nasceu para meu livro “A classe média no espelho”, notei um racismo que não tem nada de cordial. Bolsonaro é filho da baixa classe média de imigrantes para os quais a carreira no exército ou na polícia era a promessa de ascensão segura ainda que limitada. Neste contexto, não se casar com um negro ou com uma negra é a regra familiar mais importante e mais rígida. Aqui, o preconceito puro, o orgulho da cor da pele e da origem é a única distinção social positiva ao alcance. Se a elite e a classe média exploram economicamente – além de humilhar – os negros, aqui só se pode humilhar. Enfatizar uma distância social quase inexistente do ponto de vista econômico exige um racismo “racial” turbinado e levado às últimas consequências.

Este é também precisamente o caso do “lixo branco” norte-americano que ajudou a eleger Trump, o objeto do desejo e de imitação de Bolsonaro. Os brancos do Sul dos EUA, inferiores social e economicamente aos brancos do Norte, são, por conta disso, como uma espécie de “compensação” da riqueza inexistente, os racistas mais ferozes e ativistas de uma “Ku Klux Klan” que assassinava e linchava negros indiscriminadamente. Este é o caso de Bolsonaro e de seus seguidores no Brasil. E o que é a “milícia” carioca, com a qual Bolsonaro e seus filhos estão envolvidos até o pescoço, se não a Ku Klux Klan brasileira, que existe para explorar e matar negros e pobres, os supostos “bandidos” das favelas?

Embora a elite e a classe média real e canalha também tenham votado nele, sua real base de apoio é o “lixo branco” brasileiro, próximo do negro e por conta disso ávido por criminalizá-lo, estigmatizá-lo como bandido e por assassiná-lo impunemente. A associação com a milícia, a tara pelas armas e o discurso de ódio são para matar o preto e o pobre. O que está por trás de Bolsonaro é racismo “racial” mais cruel e expresso do modo mais aberto e canalha que se viu. O ódio à universidade pública está também ligado ao fato desta, agora, ter sido “invadida” por negros e pobres. Essa gente não estaria lá para estudar. Só poderia ser para fazer balbúrdia. Urge cortar as verbas para isso.

A irracionalidade de Bolsonaro, sua loucura e sua idiotice são a expressão perfeita do ódio racial brasileiro. O ódio que não se explica racionalmente, nem apenas por motivos puramente econômicos. O ódio do racista que se vê como fracasso social é um ódio de morte. Ele não compreende as razões de sua posição social e só tem ressentimento sem direção na alma e no coração. Ódio em estado puro que Bolsonaro expressa e exprime como ninguém. Bolsonaro é o líder da Ku Klux Klan e do “lixo branco” brasileiro. É isso que o define e o explica mais que qualquer outra coisa.

POSTAGENS RELACIONADAS

Orleans Brandão lidera pesquisa para o governo em São Domingos do Maranhão
Política

Orleans Brandão lidera pesquisa para o governo em São Domingos do Maranhão

30/06/2025
Assembleia tem novo terceiro Vice-Presidente após perda do mandato de Hemetério Weba
Política

Catulé destaca unidade da base governista na Assembleia ao agradecer eleição para Terceira Vice-Presidência

26/06/2025
Em Bacabal, Orleans Brandão lidera pesquisa para o governo do Estado com 48,15%
Política

Em Bacabal, Orleans Brandão lidera pesquisa para o governo do Estado com 48,15%

26/06/2025
Governistas desmascaram manobra de Othelino e mostram que oposição age de acordo com as próprias conveniências.
Política

Governistas desmascaram manobra de Othelino e mostram que oposição age de acordo com as próprias conveniências.

05/06/2025
“A Justiça será feita não comigo, mas com a Assembleia Legislativa”, diz Iracema Vale sobre ação no STF que questiona eleição da Alem
Política

“A Justiça será feita não comigo, mas com a Assembleia Legislativa”, diz Iracema Vale sobre ação no STF que questiona eleição da Alem

05/06/2025
Governistas desmontam críticas da oposição destacando obras e ações do governo Brandão
Política

Governistas desmontam críticas da oposição destacando obras e ações do governo Brandão

03/06/2025
Next Post
HELENO TOCA O TERROR: ‘VAMOS VIRAR UMA VENEZUELA E DISPUTAR ARROZ NO TAPA’

HELENO TOCA O TERROR: ‘VAMOS VIRAR UMA VENEZUELA E DISPUTAR ARROZ NO TAPA’

Arquivos

  • Trending
  • Comments
  • Latest
SAO LUÍS/MA – Empresária Tereza Travassos recorre ao suicídio se jogando do 10 andar do seu prédio na Ponta D’areia

SAO LUÍS/MA – Empresária Tereza Travassos recorre ao suicídio se jogando do 10 andar do seu prédio na Ponta D’areia

02/02/2023
BURITI/MA – ÔNIBUS COM TRABALHADORES DO CHAMADO “PENDÃO DE MILHO”, COM DESTINO À GOIÁS TOMBA NA BR-135

BURITI/MA – ÔNIBUS COM TRABALHADORES DO CHAMADO “PENDÃO DE MILHO”, COM DESTINO À GOIÁS TOMBA NA BR-135

21/02/2021
Quem é Juliana Bonde? Artista de música polêmica sobre “periquita”. Vejam as fotos da cantora

Quem é Juliana Bonde? Artista de música polêmica sobre “periquita”. Vejam as fotos da cantora

05/02/2022
O Governo do Maranhão vive um dilema em torno do nome do futuro Secretário de Segurança Pública

O Governo do Maranhão vive um dilema em torno do nome do futuro Secretário de Segurança Pública

08/03/2023

Advogado é preso por estelionato após tentar fazer concurso da PM para o sobrinho.

0

COROATÁ

0

Políticos reagem ao fechamento das 13 agências do Banco do Brasil.

0

CAJAPIÓ

0
ABERTURA DA FEJUC 2025 E GRANDE FINAL DA COPA MOVIMENTAM O FIM DE SEMANA EM CAPINZAL DO NORTE

ABERTURA DA FEJUC 2025 E GRANDE FINAL DA COPA MOVIMENTAM O FIM DE SEMANA EM CAPINZAL DO NORTE

06/07/2025
EXCURSÃO COM CERVEJA PODE TIRAR EX-PREFEITO DO INTERIOR DA CORRIDA ELEITORAL PARA DEPUTADO; ENTENDA O CASO.

EXCURSÃO COM CERVEJA PODE TIRAR EX-PREFEITO DO INTERIOR DA CORRIDA ELEITORAL PARA DEPUTADO; ENTENDA O CASO.

06/07/2025
Secretária Adjunta do Estado Fátima Araújo mantém viva a tradição do São João nos bairros Pirapora e Vila Conceição

Secretária Adjunta do Estado Fátima Araújo mantém viva a tradição do São João nos bairros Pirapora e Vila Conceição

05/07/2025
Helena Duailibe contesta oposição e esclarece sobre construção participativa do Maranhão Livre da Fome

Helena Duailibe contesta oposição e esclarece sobre construção participativa do Maranhão Livre da Fome

05/07/2025

REDE SOCIAL

  • Notícia Geral
  • Login
  • globo.com
  • vídeo
  • gshow
  • globoesporte
  • G1

© 2025 Eudes Félix - Fatos dos Municípios -Todos os Direitos Reservados | Desenvolvido por: Host Dominus.

No Result
View All Result
  • Home
  • Notícia Geral
  • Política
  • Policial
  • Esporte
  • Login
  • São Luís/MA – Porto do Itaqui se destaca na capacidade de atendimento de navios com nova operação de transferência de carga

© 2025 Eudes Félix - Fatos dos Municípios -Todos os Direitos Reservados | Desenvolvido por: Host Dominus.