Pressionado internamente e pela comunidade internacional, o presidente Jair Bolsonaro desistiu de retirar o Brasil do Acordo Climático de Paris; quem garante é o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que reconheceu que há oposição ao acordo climático dentro do governo mas que, “por ora, a participação do Brasil está mantida”; presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a possibilidade de apoiar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul depende da posição de Bolsonaro sobre o Acordo Paris.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) concordou em manter o Brasil no Acordo de Paris. O ministro reconheceu que há oposição ao acordo climático dentro do governo mas que, “por ora, a participação do Brasil está mantida”. As declarações foram dadas após almoço no Sevovi-SP com empresários do setor imobiliário.
Salles não detalhou as mudanças a serem propostas. “As metas de redução de emissão, que o Brasil e os outros países concordaram, estão OK. O problema é como você internaliza esses princípios e estes valores na legislação do País. A nossa única preocupação é se esta legislação restringe a liberdade e a ação de empreendedorismo e a gestão do território. Vamos estar muito atentos a isso”, disse.
Decisão de Bolsonaro de deixar o Acordo de Paris foi duramente criticada pelo presidente francês Emmanuel Macron. Ele disse que a possibilidade de apoiar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul depende da posição de Bolsonaro sobre o Acordo Climático de Paris. “Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados”, disse Macron.