Jornal GGN – A jornalista Mônica Bergamo divulgou nesta segunda (22) que Marcelo Odebrecht encontrou dados sonegados pela Braskem, que ele pretende entregar à Polícia Federal para corroborar delação premiada contra Aécio Neves e outros políticos com mandato.
Segundo a jornalista, após ser transferido para aprisão domiciliar, o “problema” foi resolvido porque Marcelo “teve acesso à base de dados de seu computador com o material, inclusive e-mails que procurava.”
Ainda de acordo com a coluna, Marcelo confirmou, em e-mail enviado a ex-diretores da Odebrecht, que havia pedido dados para a Braskem, que se recusou a enviar sob a alegação de que o material estava protegido juridicamente.
O conteúdo é essencial para “identificar eventuais contrapartidas dadas por parlamentares, incluindo edição de MPs (medidas provisórias) de interesse do grupo, em troca de doações eleitorais oficiais, propina e caixa dois.”
Marcelo já teria sido cobrado a entregar um dos pontos do acordo de delação que fechou com a Procuradoria-Geral da República: os “apoios prestados” ao grupo Odebrecht em “atos legislativos”, em especial “medidas provisórias”, por parlamentares “como o senador Aécio Neves”, escreveu a Folha no dia 6 deste mês.
Em resposta, Marcelo informou à PF que poderia “encontrar elementos de corroboração de sua colaboração em mensagens eletrônicas trocadas com executivos da empresa Braskem”.