O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a anunciar, talvez já na próxima semana, os novos diretores do Banco Central (BC), incluindo o economista Gabriel Galípolo para a presidência da autarquia. A expectativa desse anúncio já tem repercutido positivamente no mercado financeiro, refletindo a confiança depositada em Galípolo e sua equipe. Ontem, o Ibovespa atingiu sua máxima histórica, alcançando 134.574 pontos, por volta das 13h00, superando o recorde anterior de 134.392 pontos, registrado no final de 2023.
O anúncio conjunto das indicações, que deve ser encaminhado ao Senado nos próximos dias, poder incluir, além de Galípolo, três novos diretores: Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, para a diretoria de Política Monetária; Gilneu Vivan, atual chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, para a diretoria de Regulação; e Juliana Mozachi, chefe do Departamento de Supervisão de Conduta do BC, para a diretoria de Relacionamento. Se confirmadas, as nomeações darão ao presidente Lula a maioria no Comitê de Política Monetária (Copom) já em 2025, permitindo ao presidente moldar a política monetária conforme suas diretrizes econômicas. Este possível cenário de queda nos juros estimula a migração de investimentos em renda fixa para ações na B3.
A confiança do mercado em Galípolo, que já ocupa a diretoria de Política Monetária do BC, foi um dos principais fatores que impulsionaram o Ibovespa ao recorde. No fechamento do pregão de ontem, o índice encerrou com alta de 0,63%, aos 134.153 pontos, apenas 0,02% abaixo do recorde de fechamento, ainda detido pelos 134.193 pontos de 27 de dezembro do ano passado.
Além disso, a alta recente do Ibovespa foi impulsionada pelo aumento do fluxo de capital estrangeiro e pelo bom desempenho dos bancos. O ingresso de R$ 3,2 bilhões de capital estrangeiro em agosto foi fundamental para essa valorização, especialmente em um cenário onde gigantes como Vale e Petrobras não lideraram os ganhos.
De acordo com o site Infomoney, apesar do recorde, a Bolsa brasileira é vista como “barata” sob a ótica de análise fundamentalista. O indicador P/L, na faixa de 9,7 vezes, está abaixo da média histórica de 14,6 vezes, sugerindo potencial para valorização adicional dos ativos.
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