Entre os dias 19 e 22 deste mês, uma pulverização irregular de agrotóxico na comunidade Araçá, no município de Buriti-MA, distante 327 km de São Luís, atingiu uma criança de sete anos, que teve queimaduras por todo o corpo. A contaminação ocorreu quando um avião, de empresa ainda não identificada, teria despejado uma quantidade de herbicida sobre as casas e roças da localidade.
A ação irregular foi denunciada por Diogo Cabral, advogado da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (Fetaema). No seu Twitter, ele diz que o herbicida glifosato, lançado por aviões e por meio terrestre, é usado em grande quantidade no plantio da soja em fazendas que ficam próximas das casas, causando queimaduras, vômitos, diarreias, falta de ar, febre, coceira, dores de cabeça e a morte de animais. Outros povoados como Angelim e Capão, também teriam sido atingidos com o produto.
Ele informou que a criança ainda tem queimaduras por todo o corpo. “Mas, ele não foi o único atingido. Pelo menos 15 pessoas tiveram contato com o produto químico”. O advogado declarou que a Fetaema ainda não tem informações sobre a empresa proprietária do avião, mas disse que a Polícia Civil deve investigar o caso.
Segundo Diogo Cabral, a hipótese mais provável é que, ao lançar herbicida para dessecação de soja para colheita, o produto químico tenha se espalhado pelo ar e atingido diversas casas de Araçá. “Na comunidade Araçá, foi o primeiro caso registrado. Contudo, na comunidade Carranca, há pelos menos quatro anos, as pessoas estão sendo intoxicadas por lançamento de agrotóxico nos plantios de soja em Buriti. A Carranca também foi afetada pelo lançamento de veneno por avião e por maquinário terrestre”, destacou
O Programa de Assessoria Rural da Diocese de Brejo e a Federação dos Trabalhadores Rurais do Maranhão já acionaram o Conselho Nacional de Diretos Humanos, a Defensoria Pública, o Ministério Público, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca, para que a situação seja fiscalizada e os moradores protegidos.
* Com informações do Jornal Pequeno
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