O Maranhão registra 31 cidades afetadas por enchentes, segundo a Defesa Civil estadual. Em Caxias, a situação tem estado mais tranquila depois que o Rio Itapecuru atingiu mais de 7,00m no início da semana. Nesta quarta-feira (19), o nível chegou a 5,80 m, amenizando a pressão da água. A Avenida Beira Rio não registra mais água próximo as residências.
“Nós fazemos uma balanço positivo da assistência que demos tanto na zona urbana, quanto na zona rural. O rio deu uma baixada nesses dois dias. Passamos da cota de inundação e chegamos a 7,40m. Houveram alguns transtornos, mas a Defesa Civil e os órgãos parceiros conseguiram retirar as famílias que, graças a Deus não tiveram um prejuízo maior”, frisa Major Malheiros, coordenador da Defesa Civil.
Mas, isso não significa que as famílias que saíram das áreas de riscos devam retornar. A recomendação da Defesa Civil de Caxias é aguardar um pouco mais, até que a situação esteja minimamente mais tranquila, pois as ameaças de chuvas são constantes. Na manhã desta quarta-feira (19), às 7h, o Rio Itapecuru diminuiu mais ainda, indo para 5.43m, ou seja 57 cm do nível de inundação que é de 6,00, informou a Defesa Civil. Atualmente o órgão está orientando aproximadamente 50 famílias.
“O inverno está só começando, e com isso pode ser que o volume possa aumentar, então, pedimos que as famílias que nós orientamos permaneçam onde estão, aguardem mais um pouco, porque ainda tem muita chuva. A gente espera que essa chuva que caia em Caxias não desça e não cause prejuízos”, frisa Major Malheiros.
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De acordo com a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), as chuvas intensas registradas no mês de janeiro, podem ter sido ocasionada pelos Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCANs), que são fenômenos muito importantes para determinar a qualidade da chuva na Região Nordeste do Brasil. Os VCANs são sistemas ciclônicos que ocorrem em níveis bem altos da atmosfera.
“Esse fenômeno meteorológico acontece mais para a região sul do país. E, por algum motivo ele se deslocou para o norte. Não temos a previsão de que ele se repita. A previsão é que o período chuvoso seja acima da média, mas está previsto também que fevereiro vá chover um pouco menos”, destaca Roberto Fernandes, pesquisador do CPRM.
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