O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 revela que a incidência de casos de dengue no país entre janeiro e março subiu 339,9% em relação ao mesmo período de 2018. O índice é calculado é três níveis: alto, situação de alerta e satisfatório.
Cinco capitais estão com índice de infestação considerado satisfatório: Boa Vista, João Pessoa, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Cuiabá está classificada como em risco e outras 16 capitais estão em alerta. São elas: São Luís, Fortaleza, Porto Velho, Palmas, Salvador, Teresina, Recife, Belo Horizonte, Campo Grande, Vitória, Belém, Macapá, Manaus, Maceió, Aracaju e Goiânia.
No Maranhão, 76 municípios registraram índice de infestação alto. Entre as cidades estão: Açailândia, Bacabal, Barra do Corda, Paço do Lumiar e Pedreiras. Além da capital maranhense, outras 88 cidades figuram entre as cidades em situação de alerta, como: Caxias, Chapadinha, Codó, Imperatriz, Itapecuru-Mirim e Raposa. Já os municípios com condição satisfatória chegam a 52, sendo algumas: Barreirinhas, Icatu, Morros, Pinheiro e Viana. A lista completa de cidades que participaram do estudo pode ser acessada aqui.
No Brasil, 994 municípios apresentam alto índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e podem registrar surtos de dengue, zika e chikungunya. O número, de acordo com informações do Ministério da Saúde, representa 20% das 5.214 cidades que realizaram algum tipo de estudo que classifica o risco do aumento de doenças causadas pelo vetor.
O ministério alertou nesta terça-feira (30), em Brasília, para a necessidade de fortalecer ações de combate ao mosquito, mas avaliou que, mesmo com o aumento de casos de dengue, a taxa de incidência está dentro do esperado para o período e o país não está em situação de epidemia. O Ministério da Saúde admite, entretanto, que podem haver epidemias localizadas de dengue em alguns municípios.
Criadouros
O armazenamento de água no nível do solo (armazenamento doméstico), como em toneis e barris, foi o principal tipo de criadouro identificado no país, seguido por depósitos móveis, caracterizados por vasos e frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Por último, estão os depósitos encontrados em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.
Levantamento Rápido de Índices
O LIRAa é classificado pelo Ministério da Saúde como um instrumento fundamental para o controle do vetor e de doenças transmitidas por ele. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante.
O objetivo do levantamento é permitir que os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.