Operação deflagrada pelo MP nesta sexta-feira interceptou empresa de laticínios gaúcha que armazenava e distribuía leite adulterado
O Ministério Público deflagrou, nesta sexta-feira, a Operação Leite Compen$ado 4, que visa combater fraudes e adulterações na cadeia produtiva do leite. O órgão executou mandados de busca e apreensão em oito municípios do Rio Grande do Sul. Entre os produtos apreendidos estavam 600 quilos de soda cáustica, afirmou o MP. Outros produtos encontrados foram o formol, que é cancerígeno, e a água oxigenada.
O principal foco das investigações é o posto de resfriamento do laticínio O Rei do Sul, localizado na cidade de Condor. O proprietário do estabelecimento, Odir Pedro Zamadei, foi preso sob a acusação de receber, armazenar e distribuir o leite adulterado. Zamadei é reincidente: ele foi condenado pelo crime de adulteração em 2007.
Segundo o MP, cerca de 300 mil litros de leite adulterado das marcas Parmalat e Líder chegaram a ser vendidos aos estados de São Paulo e do Paraná, especificamente nas cidades de Guaratinguetá (SP) e Lobato (PR). As duas marcas envolvidas pertencem à empresa LBR.
Leite adulterado
Em maio de 2013, o Ministério da Justiça e o Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagraram uma operação que adulterava o leite produzido pelas companhias Italac, Mumu, Líder e Latvida. Investigações confirmaram que as empresas transportadoras acrescentavam formol no lotes durante o processo de transporte do leite cru, antes mesmo de ele ser envasado. A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (SENACON/MJ) notificou as empresas a prestarem esclarecimentos após as investigações.