Juiz que posa armado, para mim, não é juiz, é justiceiro”. A declaração do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) é uma crítica ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que nesta sexta-feira (1º) publicou uma foto na qual empunha um fuzil durante um treinamento de tiro ao alvo.
O petista classificou a imagem como “lamentável” e “absurda”. “Ao aparecer com um fuzil na mão, ele simboliza o que entende que deva ser o exercício da magistratura hoje”, declarou Damous, que é ex-presidente da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio) e da Comissão Estadual da Verdade, e costuma criticar o que chama de “abusos” da Lava Jato.
No texto que acompanha a imagem publicada na conta de Bretas no Twitter, o juiz agradeceu à Polícia Civil e à Polícia Militar do Rio, corporação responsável por sua escolta pessoal. No primeiro semestre deste ano, o titular da 7ª Vara Federal Criminal recebeu ameaças de morte e passou a ser acompanhado por agentes de segurança.
“Ele se fez fotografar e fez questão de divulgar. Então é assim que ele quer ser visto. Me chama atenção por que um juiz faz treinamento de tiro”, comentou Damous.