A tragédia econômica que vive o País depois do golpe parlamentar que retirou uma presidente legítima e desmoralizou o País pode provocar a primeira deflação desde 2006; neste mês de junho, economistas projetam queda de 0,07% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País; convergência de fatores como a baixa pressão dos preços dos alimentos, fruto do clima mais ameno desde o fim do ano passado, e dos bons resultados das safras agrícolas, além de um câmbio mais apreciado estão entre os fatores da queda; expectativa do mercado é que a inflação termine 2016 em torno de 4%, abaixo do centro da meta do Banco Central, que é de 4,5%.
Depois de 11 anos, o Brasil pode registrar neste mês uma queda do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação do País.
Analistas ouvidos pelo Banco Central no Boletim Focus projetam para junho uma queda de 0,07% e o próprio BC prevê uma queda de 0,1% no indicador. A última deflação ocorreu em junho de 2006, quando houve queda de 0,21% no IPCA.
A avaliação dos analistas é que a queda esperada para este mês vem de uma convergência de fatores, como a baixa pressão dos preços dos alimentos, fruto do clima mais ameno desde o fim do ano passado, e dos bons resultados das safras agrícolas, além de um câmbio mais apreciado.
Também pesa a redução dos preços de combustível pela Petrobras e a mudança da bandeira tarifária de energia – de vermelha, mais cara, para verde. Além, claro, da conjuntura ruim, com atividade econômica fraca e desemprego alto, o que inibe o consumo.
Para economistas, porém, a deflação de junho, se confirmada, não deve se repetir nos próximos meses. “A deflação esperada para junho é muito pouco para dar um parâmetro da situação econômica. A economia ainda anda cambaleante, mas o que se tem agora é uma sazonalidade, que ajuda bastante o mês de junho”, diz o economista Flavio Romão, da LCA Consultores.
Na quinta-feira (22), o Banco Central reduziu sua expectativa de inflação para 2017 de 4% para 3,8%. A visão é compartilhada pelo mercado, que espera que o índice termine o ano abaixo do centro da meta, de 4,5%.