O deputado estadual Yglésio Moyses voltou a agitar o cenário político maranhense ao afirmar que há fortes indícios de uma grande conspiração envolvendo figuras influentes dos três poderes no estado. Em uma série de declarações contundentes, o parlamentar apontou a existência de acordos, chantagens e manobras políticas que, segundo ele, configuram “um verdadeiro atentado contra a harmonia entre os poderes”.
A polêmica ganhou força após a divulgação de um vídeo do deputado federal Márcio Gerry., no qual ele acusa o Governo do Maranhão de realizar grampos telefônicos ilegais. A partir daí, uma teia de mensagens, prints e áudios começou a circular, indicando o suposto envolvimento de um desembargador federal, secretários de governo e ex-integrantes da gestão estadual.
De acordo com os conteúdos revelados, cinco pontos teriam sido propostos para um “acordo de pacificação política”, incluindo o afastamento de familiares do governo, devolução de secretarias ao PT, anúncio de candidatura ao Senado e recomposição de alianças políticas. Em troca, haveria liberação de vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a normalização de processos judiciais travados no Supremo Tribunal Federal (STF).
As mensagens também citam supostos acordos políticos nos municípios de Colinas e Barreirinhas, onde desentendimentos teriam se transformado em cobranças e chantagens.
Segundo o deputado, as conversas revelam uma estrutura organizada para manipular decisões políticas e judiciais, com participação de figuras que transitam entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Ainda conforme Yglésio, investigações internas descobriram fraudes dentro da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), onde servidores teriam criado perfis falsos para associar o nome de familiares do governador a empresas investigadas. A operação, segundo o parlamentar, visava incriminar adversários políticos e interferir em processos federais.
Para o deputado, o que está vindo à tona “pode se tornar o maior escândalo político da história do Maranhão e um dos mais graves do país”.
Ele afirmou que tudo está documentado em mensagens e gravações e que “a tentativa de manipular os poderes do Estado é um ataque direto à democracia”.