O governador do Maranhão, Flávio Dino, reagiu à participação do general Heleno nas manifestações de caráter fascista, deste domingo, que pediam, entre outras coisas o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal; segundo Dino, Heleno se acha “o tutor do País”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), bateu duro no chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, ao afirmar que ele é “um general agressivo se achando tutor do país”.
“Algumas marcas vão se fortalecendo: 1) pequenos grupos de direita cada vez mais extremistas e violentos; até entre eles mesmos há confrontos físicos e verbais. 2) salvacionismo se confrontando com as instituições democráticas. 3) um general agressivo se achando tutor do país”, escreveu o chefe do Executivo maranhense no Twitter.
O chefe do GSI participou das manifestações em favor do ex-juiz Sérgio Moro (atual ministro da Justiça) e da Lava Jato. Tanto o ex-magistrado quando a operação estão sendo alvos de duras críticas, inclusive de juristas, com a divulgação da troca de mensagens entre ele e procuradores mostrando um conluio que fere a equidistância entre o responsável pelo julgamento dos processo e a parte acusatória.
Durante o protesto, neste domingo (30), Heleno afirmou que “esquerdopatas e derrotistas” fracassaram em suas previsões sobre a reunião do G-20. “Mais uma vez, as provisões [sic] dos esquerdopatas, dos derrotistas, fracassou [sic]”, disse.
O general passou a ser mais um alvo da crise política no governo Bolsonaro após o caso do “aerococa”. Um militar da Aeronáutica foi preso na semana passada na Espanha após 39 quilos serem encontrados em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O caso ganhou repercussão, por exemplo, na edição global do jornal El País.
O general Augusto Heleno disse apenas que faltou sorte. “Podia não ter acontecido, né? Foi uma falta de sorte acontecer exatamente na hora de um evento mundial e acaba tendo uma repercussão mundial que poderia não ter tido. Foi um fato muito desagradável para todo mundo”, afirmou.
De acordo com o ministro, a falha de segurança é culpa da FAB e não é do GSI. “Cada um tem o seu cada qual. A revista de passageiros e de malas para os aviões da FAB são encargo da FAB que não é subordinada a mim. Então o GSI não tem nada que ver com isso, zero”, afirmou