Robinho está com a carreira como jogador de futebol praticamente liquidada. O jogador de 36 anos dedidiu suspender suas atividades até 10 de dezembro, quando o Tribunal de Apelação de Milão poderá confirmar sua condenação a nove anos de prisão, em primeira instância, por participação em um estupro coletivo na Itália. Se for confirmada a condenação, Robinho será, de fato, banido do esporte. Mesmo absolvido, não terá seu contrato retomado pelo Santos, segundo pessoas ligadas à diretoria do clube.Mesmo que não decidisse suspender sua carreira, teria sido obrigado a isso, depois que a campanha de feministas e pessoas progressistas obrigou o Santos a romper contrato com ele na última sexta-feira (16). Neste momento, nenhum clube brasileiro da elite abriria conversações com o jogador, informa o jornalista Gonçalo Júnior, de O Estado de S.Paulo, ouviu pessoas pessoas ligadas à diretoria do Santos que afirmaram que dificilmente o jogador voltará, mesmo em caso de absolvição nos tribunais italianos.
Depois de defender o Istanbul Basaksehir, da Turquia até agosto deste ano, o atacante estava sem mercado. O retorno para a quarta passagem pelo Santos parecia encaminhar um final de carreira tranquilo, no clube que o projetou, até que a mobilização da sociedade obrigou ao rompimento do contrato.
Pelo clube, Robinho conquistou os títulos brasileiros de 2002 e 2004, além da Copa do Brasil de 2010 e os Paulistas de 2010 e 2015. Seria uma tentativa de resgatar o bom futebol que mostrou no Atlético-MG antes de passagem com altos e baixos no futebol turco. As portas, no entanto, foram fechadas.
Entenda o caso
O caso explodiu na última semana, quando o site Globo Esporte revelou detalhes da condenação de Robinho em primeira instância. Interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho participou do ato que levou uma jovem de origem albanesa, então com 23 anos, a denunciar um estupro coletivo, em Milão. De acordo com a investigação, o jogador e outros cinco amigos, incluindo Ricardo Falco, também condenado, levaram a mulher ao camarim da boate Sio Café e praticaram abusos sexuais. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan.
Baseada principalmente nas gravações, a Justiça italiana condenou o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, são alvos de outro processo.