De onde esse futuro gestor vai tirar o dinheiro para pagar as contas eu não sei. Mas os bacabalenses podem ter a certeza de que seja quem for que assuma a prefeitura, terá um compromisso milionário para cobrir.
Todos já admitem, até mesmo aqueles que acreditavam na lenda urbana da diplomação (releia), que a pessoa que assumirá a prefeitura da cidade deverá ser o presidente da Câmara a ser eleito no primeiro dia de 2017.
A origem da dívida está bem aí. A eleição será realizada entre os vereadores e os pretensos candidatos tem usado de todas as estratégias para convencer os colegas. Todos – com exceção de João da Cruz Rodrigues, o Joãozinho Algodaozinho – sairam de campanhas eleitorais onde gastaram muito dinheiro para conseguir a eleição.
A eleição para a presidência da Câmara apresenta dois viés: uns vislumbraram a chance de pagar as dívidas da eleição. Outros, com mais dinheiro, viram a oportunidade de chegar à Prefeitura justamente tocando os colegas no ponto mais sensível, o bolso.
Nenhum deles há de concordar com o que se diz na cidade. Mas a partir de qual ponto as pessoas chegaram ao valor de R$ 100 mil por voto? Algo há de verdade na história.
O dinheiro sairá do bolso de qualquer um dos candidatos? Quem acreditar nisso é crer em lenda urbana.São negociações variadas e a todo instante vaza um ou outro detalhe.
Um vereador disse: quero uma autarquia e mais o dinheiro. Outro edil barganhou uma secretaria de governo e, claro, os tais cem mil reais.
Mais do que compromissos firmados, é o comprometimento da futura gestão com particulares unicamente com o objetivo de conseguir o cargo. Como disse o ministro Marco Aurélio Mello: “Tempos estranhos […] os vivenciados nesta sofrida República”