As manifestações em frente ao Quartel General do Exército contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), que contaram com a presença de Jair Bolsonaro, provou um “enorme desconforto” na cúpula militar. Os oficiais-generais afirmaram ao jornal “O Estado de São Paulo” que não se cansam de repetir que as forças armadas servem ao Estado Brasileiro como instituições permanentes, e não ao governo.
“Se a manifestação tivesse sido na Esplanada, na Praça dos Três Poderes ou em qualquer outro lugar seria mais do mesmo”, declarou um dos generais ouvidos pela reportagem. “Mas em frente ao QG, no dia do Exército, tem uma simbologia dupla muito forte. Não foi bom porque as Forças Armadas estão cuidando apenas das suas missões constitucionais, sem interferir em questões políticas”, acrescentou.
Os oficiais observaram também que a presença de Bolsonaro em frente ao QG foi uma “provocação”, “desnecessária” e “fora de hora”.