Um escola municipal da cidade de São Paulo, administrada pelo tucano João Doria, adotou a prática de marcar os alunos que comem a merenda para que eles não repitam o lanche, quando são servidos alimentos industrializados; desde o início do mês, quando as aulas retornaram, os estudantes da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) João Amós Comenius, na Brasilândia (zona norte da cidade), recebem uma bolinha ou um risco na mão, feito com um canetão, quando se servem da merenda industrializada; assim, eles não podem pegar mais.
O jeito João Doria (PSDB) de administrar apareceu novamente. Uma escola municipal de São Paulo adotou a prática de marcar os alunos que comem a merenda para que eles não repitam o lanche, quando são servidos alimentos industrializados. As informações são da repórter Regiane Soares, do Agora São Paulo.
Desde o início do mês, quando as aulas retornaram, os estudantes da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) João Amós Comenius, na Brasilândia (zona norte da capital paulista), recebem uma bolinha ou um risco na mão, feito com um canetão, quando se servem da merenda industrializada. Assim, eles não podem pegar mais.
A avó de um estudante, que preferiu não se identificar, revelou que na semana passada o menino de 11 anos chegou em casa com uma bolinha pintada na mão dizendo que, com ela, não podia mais repetir o lanche. “Ele não costuma comer na escola. Justo no dia que era um lanche que ele gostava, quis repetir e não pôde”.
A estudante Brenda Soares, de 19 anos, disse que o irmão, de 10 anos, também chegou em casa com a mão marcada com uma bolinha. “Fizeram uma bolinha nele. É ruim isso porque muitas crianças fazem a principal refeição na escola”.
Justificativa
A Secretaria Municipal da Educação, sob a gestão João Doria (PSDB), disse que “condena essas práticas”. Afirmou que “já tomou providências para que a marcação dos alunos não se repita e para que eles possam receber a alimentação de qualidade oferecida pela rede”. O órgão disse que a mudança no cardápio da merenda foi adotada em escolas onde o preparo dos alimentos é feito por terceirizadas e que começaram há 15 dias, sendo natural a necessidade de ajustes.