Flor que se cheirasse, há anos, sabe-se que Gilmar Mendes não é. Ficou famosa a reação de Joaquim Barbosa dizendo que ele falava como que se acostumara-se aos “seus capangas lá do Mato Grosso”.
Mas Gilmar sempre foi “conveniente”, até que, “feito o serviço” em relação ao PT, começou a tentar colocar limites à República de Curitiba.
É um dos ministros que deve causar problemas a Moro, no julgamento inevitável da constitucionalidade de seu “pacote” de leis.
Por acaso, apenas por acaso, a Receita Federal abriu um procedimento para identificar “focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência” dele e de sua mulher, Guiomar Mendes.
Nos trechos que a Folha divulgou, é sugerido também o envolvimento de outros ministros do STF, que “facilitariam” julgamentos.
Gilmar se queixou a Toffoli, que se queixou a Paulo Guedes, que não queima dinheiro e vai agir para acabar com a audácia.
Não se sabe o que permanecerá do caso, se ressentimento ou gratidão.
Mais provavelmente, será – e não só em Gilmar, mas sobre todos os ministros – o sentimento de medo.