Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, ministro do STF disparou criticas ao atual ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro. E classificou como “peculiar” a relação dos procuradores responsáveis pela força-tarefa com o então juiz. “Não tem nada a ver com a qualificação ou atuação dessas pessoas, mas sim da relação especial desses procuradores com Moro”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu entrevista à jornalista Mônica Bergamo nesta quinta-feira (19) e criticou a postura parcial do ex-juiz e atual ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro.
“Juiz não é sócio de força-tarefa. Às vezes dá a impressão de que Moro era o chefe desse grupo”, disparou Mendes.
Ele classifica como “peculiar” a relação dos procuradores da República, responsáveis pela força-tarefa da Lava Jato, com o então juiz Sergio Moro. “Não tem nada a ver com a qualificação ou atuação dessas pessoas, mas sim da relação especial desses procuradores com Moro”, avalia.
“Eu digo sempre isso: a sorte da Lava Jato é que ela se deu em Curitiba, e o azar é que ela se deu em Cutitiba, porque Curitiba é um microcosmo, o Brasil é muito maior que isto”, diz ele.
“Existe uma preocupação com a heterodoxia dos métodos, precisamos estar atentos, não se trata de fazer linchamentos, mas sim de julgar pessoas”, pondera o ministro do STF.
Brasil247