Abaixo, o ranking dos 15 bancos que mais lucraram no mundo em 2017:
No recém-lançado estudo do Dieese sobre a rentabilidade dos bancos brasileiros, a continuidade de um escândalo de uma economia que privilegia o rentismo sobre o trabalho e a produção e coloca os quatro maiores bancos brasileiros entre os 15 de mais alta rentabilidade no mundo, em número igual aos do Canadá, que tornou-se hoje um dos maiores “paraísos fiscais” do mundo.
No primeiro semestre de 2017, a despeito do adverso cenário econômico, os cinco maiores bancos do país tiveram desempenho muito expressivo,com alta no lucro líquido, apesar de ter havido queda na intermediação financeira (as principais contas dos bancos) como também nos resultados operacionais,em comparação a igual período do ano anterior. (…)
Os bons resultados auferidos pelos cinco maiores bancos se devem, entre outros fatos, à elevação das receitas com tarifas e serviços, mas, especialmente, à queda nas despesas de captação que acompanharam o movimento de redução da taxa Selic. As despesas com impostos (IR e CSLL)também caíram, em parte pela entrada de créditos tributários, mas também por causa da queda dos impostos devidos em função de resultados menores em termos operacionais e da Intermediação Financeira.
Enquanto os elevados resultados dos cinco maiores bancos crescem a cada trimestre, observa-se significativa reestruturação no setor, com o crescimento das transações virtuais(via mobile e internet)e redução das estruturas físicas e funcionais, com fechamento de agências e postos de trabalho. Essa situação tem sido agravada pela implementação de planos de aposentadoria incentivada e desligamento voluntário pelo Banco do Brasil, pela Caixa e pelo Bradesco.
A crise, ao contrário do sol, não nasceu para todos.