O avião em que Lula viajou desde Curitiba pousou às 8h31 no aeroporto de Congonhas; de lá, o ex-presidente partiu para São Bernardo do Campo, para velório do neto, Arthur Lula da Silva, de sete anos, que nesta sexta (1) morreu vítima de meningite meningocócica. O velório está acontecendo no Cemitério Jardim das Colinas, onde o enterro acontece às 12h.
O avião em que Lula viajou, um Caravan prefixo PP MMs, foi cedido pelo governo do Paraná. Lula está sendo acompanhado por uma escolta de grandes proporções e está proibido de se comunicar.
A juíza Carolina Lebbos, que probira Lula de comparecer ao enterro do irmão mais velho, Vavá, que morreu em 28 de janeiro, desta vez permitiu a ida de Lula ao velório e sepultamento do neto Arthur, com medo da reação popular, política e internacional a uma nova proibição. Mas manteve o desejo de humilhar o ex-presidente: impôs sigilo à logística e proibiu manifestações de Lula.
A bancada do PT no Senado reagiu a mais um gesto de perseguição cruel a Lula. “Mesmo agora, nesse momento asfixiante de dor, o perseguem e o humilham. No seu breve momento de liberdade, Lula não poderá falar; não poderá ser filmado ou fotografado; não poderá sequer ser visto. Querem que desapareça. Parece que querem matá-lo em vida”, dizem os congressistas.