O ex-superintendente da Seic, delegado Thiago Bardal, preso no início do ano acusado de participar de uma organização que praticava o crime de contrabando em São Luís, teve prisão revogada pelo desembargador Josemar Lopes Santos, do Tribunal de Justiça do Maranhão. Sobre a primeira prisão, ele foi beneficiado por decisão do juiz federal Luis Régis Bonfim Filho, mas não ficou em liberdade em razão do decreto de prisão do juiz estadual José Gonçalo de Sousa Filho, da 3ª Vara Criminal da Capital, por outro acusação. Agora, pela manhã, será posto em liberdade, mas fora do exercício do cargo de delegado.
Acusado na operação que desbaratou uma quadrilha de contrabandistas, Bardal seria o responsável pela seguranças da circulação das mercadorias, como bebidas e cigarros. O organização teria faturado mais de R$ 100 milhões com os negócios. Junto com o delegado, foram presos vários militares, inclusive oficiais, e advogados. Boa parte foi liberada.
Bardal vai ser solto, mas terá que cumprir uma série de medidas cautelares impostas pelo desembargador que revogou sua prisão, Josemar Lopes., como o comparecimento periódico perante ao Juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades, a partir do mês de junho de 2018 até o quinto dia útil de cada mês; comparecimento perante a autoridade judicial, sempre que intimado para tanto; proibição de manter contato com eventuais investigados que tenham relação com os fatos delitivos descritos na denúncia ministerial, bem como com quaisquer testemunhas relacionadas ao caso; proibição de ausentar-se da Comarca da Ilha de São Luís sem prévia autorização do Juízo da 3ª Vara Criminal; comunicação incontinente sobre qualquer mudança de endereço ou necessidade de ausência da residência por mais de sete dias; monitoramento eletrônico.