O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre uma notícia-crime apresentada contra Jair Bolsonaro e dois de seus filhos – senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) – no âmbito das investigações do Facebook que resultaram na remoção de contas ligados ao PSL e a gabinetes do clã presidencial nas redes sociais da empresa. A procuradoria analisará se existem elementos contra eles que justifiquem o pedido de abertura de uma apuração no STF sobre os fatos. Bolsonaro e seus filhos não são formalmente investigados.
O Facebook tirou do ar 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook, além de 38 contas no Instagram. De acordo com a rede social, as contas derrubadas agiam desde as eleições de 2018 para enganar o público. O esquema alcançava uma audiência de 2 milhões de pessoas, informou a empresa Digital Forensic Research Lab (DRFLab), especializada no combate à desinformação.
Entre as páginas investigadas pelo Facebook está o perfil “Bolsonaro News”. O e-mail usado para registrar o perfil era de Tercio Tomaz, que foi assessor de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Atualmente, é assessor especial de Jair Bolsonaro, com gabinete no Palácio do Planalto, salário de quase R$ 14 mil por mês e apartamento funcional.
No primeiro semestre, a Polícia Federal identificou Carlos Bolsonaro como um dos articuladores da esquema criminoso de disseminação de fake news e ataques a autoridades.