As rusgas entre Sergio Moro e Rodrigo Maia tiveram um tônus adicional de hostilidades na madrugada desta quarta-feira (20). Moro enviou mensagens em tom de cobrança a Maia, que rebateu com fortes críticas ao ex-juiz. O presidente da Câmara chegou ao Congresso dizendo que Moro estava “confundindo as bolas” e que ele era um “funcionário do Bolsonaro”. Na mensagem Moro exigia celeridade ao pacote anticrime, idealizado por ele.
Segundo a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o titular da Justiça teria acusado o deputado do DEM de não respeitar um acordo.
A matéria destaca que “em resposta ríspida, Maia pediu a Moro respeito e afirmou que era ele o presidente da Câmara, cargo que tem a atribuição de definir a pauta de votações da Casa. A aliados, o deputado disse que o ministro estava sendo inconveniente pelo gesto e que não havia descumprimento nenhum de acordo. Ele disse ter acordado com o Palácio do Planalto que priorizaria na pauta da Câmara a aprovação da reforma da Previdência, considerada crucial para a gestão de Jair Bolsonaro, e que na sequência colocaria o texto de Moro para tramitar.”
A matéria ainda acrescenta que “essa foi a segunda vez que Moro cobrou diretamente Maia em menos de uma semana. A primeira delas foi no sábado (16), quando o deputado recebeu o ministro na residência oficial da Câmara para um churrasco no qual estiveram presentes os chefes dos três poderes. Na noite de quarta, Maia desqualificou o projeto anticrime apresentado por Moro dizendo que o texto é um “copia e cola” de proposta sobre o mesmo tema que foi apresentada no passado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.”