Em meio às revelações do Intercept, Sérgio Moro aparece “ao lado de uma figura que talvez seja capaz de intimidar os supremos juízes – ou seja, um general!”, escreve o colunista Hayle Gadelha; “Moro escolheu – ou, mais provável, escolheram pra ele – exatamente o general Villas Bôas, aquele que ameaçou o STF publicamente em abril e setembro de 2018”
Moro claramente tem culpa no cartório e está com medo do Supremo. Está apavorado por causa das tramoias que usou, junto com os seus procuradores, para incriminar Lula. Sabe muito bem que, depois de tudo que The Interceptator de Greene Greenwald revelou, ele corre sérios riscos. Vazou durante uma semana e agora reaparece – ao lado de quem? Tcham tcham tcham!
Exatamente ao lado de uma figura que talvez seja capaz de intimidar os supremos juízes – ou seja, um general! Mas não se trata de um general qualquer. Moro escolheu – ou, mais provável, escolheram pra ele – exatamente o general Villas Bôas, aquele que ameaçou o STF publicamente em abril e setembro de 2018. Na primeira ameaça, era para que a Corte não aprovasse um habeas corpus a favor de Lula. Na segunda ameaça, era para que o STF não autorizasse a candidatura de Lula.
Villas Bôas é considerado o mais destacado líder do Exército, apesar de sua doença grave (ele teria esclerose lateral amiotrófica – ELA, a mesma que tem o Stephen Hawkin; trata-se de doença rara, neurodegenerativa progressiva, que afeta o sistema nervoso e acarreta paralisia motora irreversível, de maneira limitante. Pacientes com a doença sofrem paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até mesmo respirar, segundo o portal do ministério da Saúde).
Ele foi nomeado comandante do Exército em fevereiro de 2015 por Dilma Roussef. Aproveitou-se para ser o fiador do golpe parlamentar contra Dilma. Tanto que Bolsonaro atribuiu a ele a sua vitória, por seu papel no golpe, e lhe deu o importante cargo no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no Palácio do Planalto. Reapareceu para tentar “inocentar” Moro…