“Já é consenso no meio jurídico que Sergio Moro forçou a barra, no processo do triplex, e condenou Lula sem provas. Por isso, o Tribunal Regional Federal da 4a. Região será um divisor de águas no direito”, escreve o jornalista Joaquim de Carvalho, no Diario do Centro do Mundo.
“A decisão dos desembargadores do Sul no recursos apresentado pela defesa de Lula não impactará apenas quem estiver lá para defender o ex-presidente, mas todos os que querem o país com o Poder Judiciário nos seus devidos termos: sóbrio, imparcial e, sobretudo, impessoal — o ideal de Têmis, a divindade grega que simboliza a Justiça, definida, no sentido moral, como o sentimento da verdade, da equidade e da humanidade, colocado acima das paixões humanas”, diz ele.
O blogueiro mencionou uma entrevista concedida pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Manoel de Queiroz Pereira Calças, aos jornalistas Lilian Matsuura, Felipe Luchete, Thiago Crepaldi, Claudia Moraes e Danilo Vital, da equipe do Conjur.
“Não sei se o desembargador Manoel é conservador ou liberal nos julgamentos — dizem que é rigoroso —, mas recebi como uma lufada de ar fresco as considerações que ele fez sobre os deveres dos juízes”, diz o jornalista, que citou um trecho da declaração do desembargador.
“‘O juiz não pode jogar para a torcida, não é? Não pode julgar de acordo com as expectativas da sociedade. O juiz tem que ter autonomia e independência. Mesmo que a sociedade toda diga que quer uma condenação, se for o caso de absolver, tem que absolver'”.